13 fevereiro, 2014

Agora é greve

Agora é GREVE


Os Técnico-Administrativos das Universidades Federais, autodenominados de primos pobres do Serviço Público Federal resolvem ir à luta! Greve a partir do dia 17 de março de 2014 foi encaminhamento aprovado na Plenária da Fasubra-Sindical, que agrega os trabalhadores Técnico-Administrativos das Universidades Federais, nos dias 8 e 9 de fevereiro, em Brasília/DF.
O descontentamento com o governo federal é geral. O ano de 2014 começou marcado por importantes lutas sindicais, populares e juvenis, todas as manifestações trazem consigo um eixo central de lutas: contra as obras da COPA, aumento do custo de vida, e as inconsequentes subtrações de investimento nos serviços públicos para a maioria da população, principalmente na área de Saúde, que mata milhares de brasileiros todos os dias. Enquanto o governo federal arrocha os salários dos trabalhadores do serviço público, sobram recursos do orçamento para favorecer os grandes grupos empresariais, tais como os bancos e agronegócio. Os gastos com a organização da Copa-2014 já custa ao Brasil cerca de R$ 28 bilhões, segundo anunciou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério dos Esportes e coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo (Gecopa). O pagamento dos juros e amortização da dívida pública custará ao povo brasileiro mais de dois bilhões de reais/dia do orçamento federal, previsto para este ano.
Com a EBSERH o governo inicia o processo de destruição da Carreira do Técnico-Administrativos das Universidades (médicos, enfermeiros, biomédicos e outros profissionais da área de saúde estarão com cargos em extinção). Agravando-se a situação de piores pisos salariais, que desestimula os jovens recém-ingressos a continuarem trabalhando nas Universidades.

Política de arrocho e de perdas inflacionárias

O governo Dilma toma medidas que prejudicam ainda mais os trabalhadores, como a alta dos juros e a restrição ao crédito. Vale lembrar ainda que uma das primeiras medidas do governo do PT neste ano é cortar mais de R$ 30 bilhões do Orçamento, o que significa menos dinheiro para a saúde, educação e sucateamento dos serviços públicos.
Os trabalhadores, principalmente do serviço público, amargam com a corrosão de seus salários frente à inflação próxima aos 6% ao ano e alta da carestia na cesta básica.
Como resultado da greve de 2012 a categoria conseguiu repor 15,8% em três anos, terminando em março de 2015, dos 22,8% de índice inflacionário acumulados de 2010 a 2012. Ficaram de fora a inflação os anos 2013-2015 que níveis ascendentes na inflação de 4,5% para 5,9% aa, amplia as nossas perdas para a inflação. Se mantido os índices inflacionários próximos aos 6% chegaremos a março de 2015 com perdas superiores a 30%. Ou seja, o Planalto quer que aceitemos reajustes menores. Querem que “paguemos o pato”.
Num ano eleitoral de proibições de aumento acima da inflação, só nos resta, conforme expresso na LDO 2014, arrancar recursos para aprimoramento da nossa carreira, o PCCTAE, elevando-se o piso e o step entre os padrões. Bem como, será nossa vigorosa luta que irá sacudir os pilares privatistas instalados em 19 Hospitais Universitários, quando Reitores resolveram vender a autonomia universitária com a imposição da contratação da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Revogação da Lei 12.550 (EBSERH) é a ordem do dia.

A pauta nacional da Fasubra-Sindical

A pauta aprovada na Plenária é composta dos seguintes eixos:
  • Aprimoramento da carreira - piso e step (detalhamento do acúmulo histórico da categoria já deliberado, será apresentado pela direção nacional às assembleias); Extensão do artigo 30 da lei 12772 /12;
  • Ascensão funcional;
  • Cumprimento integral do acordo da greve de 2012; - reconhecimento dos certificados capacitação dos aposentados e reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados fora do país, e cronograma com resolutividade para a negociação relatórios todos GTs (*Reposicionamento dos aposentados;
  • Turnos contínuos, com jornada de trabalho (30 horas) sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos;
  • Revogação das ON insalubridades- contagem tempo especial;
  • Revogação da Lei EBSERH com concurso público pelo RJU, pela aprovação da ADIN;
  • Não a perseguição e criminalização da luta! Democratização já!
  • Isonomia e valorização dos benefícios entre os três poderes;
  • Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista (Mudança da legislação);
  • Construção e reestruturação das creches nas universidades para os seus trabalhadores sem municipalização.

Mobilização e unidade da categoria

A Coordenação da Secção Sindical UFPE e a Comissão de Mobilização estarão realizando visitas aos setores de trabalhos em toda a Universidade com a missão de esclarecimento sobre o detalhamento da pauta nacional e levantamento de pauta interna. Marcamos a data da assembleia de deflagração da greve dos Técnico-Administrativos da UFPE para o dia 12 de março do corrente. Em breve divulgaremos o local e horário. Solicitamos que cada servidor seja um agente multiplicador em seu local de trabalho, fortalecendo o movimento rumo à vitória. Veja nosso calendário de visitas aos setores (link calendário de mobilização). Como em todas as greves, documentos orientando os trabalhadores em estágio probatório será publicado e a questão discutida nos locais de trabalho. Desde já orientamos a participação de todos no movimento paredista.