Agora é GREVE
Os Técnico-Administrativos das Universidades Federais, autodenominados de primos pobres do Serviço Público Federal resolvem ir à luta! Greve a partir do dia 17 de março de 2014 foi encaminhamento aprovado na Plenária da Fasubra-Sindical, que agrega os trabalhadores Técnico-Administrativos das Universidades Federais, nos dias 8 e 9 de fevereiro, em Brasília/DF.
O descontentamento
com o governo federal é geral. O
ano de 2014 começou marcado por importantes lutas sindicais, populares e
juvenis, todas as manifestações trazem consigo um eixo central de lutas: contra
as obras da COPA, aumento do custo de vida, e as inconsequentes subtrações de
investimento nos serviços públicos para a maioria da população, principalmente
na área de Saúde, que mata milhares de brasileiros todos os dias. Enquanto o
governo federal arrocha os salários dos trabalhadores do serviço público, sobram
recursos do orçamento para favorecer os grandes grupos empresariais, tais
como os bancos e agronegócio. Os gastos com a
organização da Copa-2014 já custa ao Brasil cerca de R$ 28 bilhões, segundo
anunciou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério dos Esportes e
coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo (Gecopa). O pagamento dos juros
e amortização da dívida pública custará ao povo brasileiro mais de dois bilhões de reais/dia do orçamento federal, previsto para este ano.
Com a EBSERH o
governo inicia o processo de destruição da Carreira do Técnico-Administrativos
das Universidades (médicos, enfermeiros, biomédicos e outros profissionais da área de saúde estarão com cargos em extinção). Agravando-se a situação de piores pisos salariais, que
desestimula os jovens recém-ingressos a continuarem trabalhando nas
Universidades.
Política de arrocho e de perdas inflacionárias
O
governo Dilma toma medidas que prejudicam ainda mais os trabalhadores, como a
alta dos juros e a restrição ao crédito. Vale lembrar ainda que uma das
primeiras medidas do governo do PT neste ano é cortar mais de R$ 30 bilhões do Orçamento,
o que significa menos dinheiro para a saúde, educação e sucateamento dos
serviços públicos.
Os trabalhadores,
principalmente do serviço público, amargam com a corrosão de seus salários
frente à inflação próxima aos 6% ao ano e alta da carestia na cesta básica.
Como resultado da
greve de 2012 a categoria conseguiu repor 15,8% em três anos, terminando em março
de 2015, dos 22,8% de índice inflacionário acumulados de 2010 a 2012. Ficaram
de fora a inflação os anos 2013-2015 que níveis ascendentes na inflação de
4,5% para 5,9% aa, amplia as nossas perdas para a inflação. Se mantido os
índices inflacionários próximos aos 6% chegaremos a março de 2015 com perdas superiores a 30%. Ou seja, o Planalto quer que aceitemos reajustes menores.
Querem que “paguemos o pato”.
Num ano eleitoral de proibições de aumento acima da inflação, só nos
resta, conforme expresso na LDO 2014, arrancar recursos para aprimoramento da
nossa carreira, o PCCTAE, elevando-se o piso e o step entre os padrões. Bem como,
será nossa vigorosa luta que irá sacudir os pilares privatistas instalados em
19 Hospitais Universitários, quando Reitores resolveram vender a autonomia
universitária com a imposição da contratação da EBSERH (Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares). Revogação da Lei 12.550 (EBSERH) é a ordem do dia.
A pauta nacional da Fasubra-Sindical
A pauta aprovada na
Plenária é composta dos seguintes eixos:
- Aprimoramento da carreira - piso e step (detalhamento do acúmulo histórico da categoria já deliberado, será apresentado pela direção nacional às assembleias); Extensão do artigo 30 da lei 12772 /12;
- Ascensão funcional;
- Cumprimento integral do acordo da greve de 2012; - reconhecimento dos certificados capacitação dos aposentados e reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados fora do país, e cronograma com resolutividade para a negociação relatórios todos GTs (*Reposicionamento dos aposentados;
- Turnos contínuos, com jornada de trabalho (30 horas) sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos;
- Revogação das ON insalubridades- contagem tempo especial;
- Revogação da Lei EBSERH com concurso público pelo RJU, pela aprovação da ADIN;
- Não a perseguição e criminalização da luta! Democratização já!
- Isonomia e valorização dos benefícios entre os três poderes;
- Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista (Mudança da legislação);
- Construção e reestruturação das creches nas universidades para os seus trabalhadores sem municipalização.
Mobilização e
unidade da categoria
A Coordenação da Secção Sindical UFPE e a Comissão de Mobilização estarão
realizando visitas aos setores de trabalhos em toda a Universidade com a missão
de esclarecimento sobre o detalhamento da pauta nacional e levantamento de
pauta interna. Marcamos a data da assembleia de deflagração da greve dos
Técnico-Administrativos da UFPE para o dia 12 de março do corrente. Em breve
divulgaremos o local e horário. Solicitamos que cada servidor seja um agente
multiplicador em seu local de trabalho, fortalecendo o movimento rumo à
vitória. Veja nosso calendário de visitas aos setores (link calendário de mobilização). Como em todas as greves, documentos orientando os trabalhadores em estágio probatório será publicado e a
questão discutida nos locais de trabalho. Desde já orientamos a participação de
todos no movimento paredista.