28 janeiro, 2021

NOTA PÚBLICA

 


A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), utilizando-se da autonomia universitária, retornou às atividades de forma híbrida (presencial e remota), no dia 25 de janeiro, antes mesmo do prazo recomendado pelo governo federal. Em sua Portaria nº 1.038, de 07/12/2020, o Ministério da Educação havia fixado o retorno às aulas presenciais em 1º de março de 2021. Diante disso e do agravamento da crise epidemiológica no estado de Pernambuco, o Sindicato dos Trabalhadores da UFPE – Sintufepe vem a público reiterar a decisão da categoria contra o retorno ao trabalho presencial, até que haja a necessária imunização da sociedade para assegurar as condições de biossegurança e de saúde de toda a comunidade de servidores, trabalhadores terceirizados e estudantes dos Campi Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão.


No momento de recrudescimento da contaminação por Covid-19 no País, que tem levado as autoridades federais, estaduais e municipais a recuarem dos planos de abertura dos espaços e de serviços públicos e privados, não é razoável, neste momento, manter uma política de retomada das atividades presenciais. Essa medida coloca a Universidade na contramão da ciência, sujeitando profissionais ao risco de contaminação pelo coronavírus, seja no translado ou no próprio ambiente laboral.


As primeiras etapas da campanha de vacinação, ainda incipientes diante da necessidade real da população brasileira, sequer são suficientes para imunizar metade do primeiro grupo prioritário. A política do governo Bolsonaro é destrutiva, segue na contramão dos interesses da maioria dos brasileiros, e suas políticas, particularmente as ações de combate à pandemia de coronavírus, acumulam fracassos. Além do posicionamento “antidiplomático” nas relações internacionais, as diretrizes que definem os públicos prioritários do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 dão margem à burla. O equacionamento e superação destes problemas são fundamentais para garantir uma imunização de amplo alcance.


Neste cenário de incertezas e de novo crescimento da pandemia em todo o País, em particular no Estado de Pernambuco, a determinação da Reitoria da UFPE pelo retorno ao trabalho presencial apresenta uma sinistra relativização dos riscos à saúde pública, compromete o princípio da isonomia, evidencia a exclusão de trabalhadores(as) a partir dos 60 anos, expõe quem possui comorbidades e demonstra profundo descuido e fragilidade com a saúde e com a vida de toda a comunidade universitária. A instituição não investiu suficientemente na aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (máscaras, protetores faciais, álcool a 70% ou em Gel), na realização de testes RT-PCR e solorógico sistematicamente, além de não normatizar adequadamente o atendimento ao público.


Nestes termos, a Direção do Sintufepe comunica a deliberação das Assembleias dos(as) Trabalhadores(as) Técnico-Administrativos em Educação da UFPE pela manutenção do trabalho remoto para todos(as) até que sejam devidamente vacinados(as). Os recursos financeiros destinados aos projetos e convênios são relevantes para as universidades, mas o dinheiro não deve ter mais importância do que vidas humanas!


Todas as vidas importam!

Trabalho presencial só depois da vacina!


Recife, 27 de janeiro de 2021.

Direção do Sintufepe-UFPE

14 janeiro, 2021

Encontro Nacional de Aposentados e Aposentandos da Fasubra 2021

O Encontro Nacional de Aposentados/as, Aposentandos/as e Pensionistas da Fasubra Sindical será realizado virtualmente nos dias 28 e 29 de janeiro.

Na quinta-feira 28 o evento será das 14 às 18 horas. No dia 29 (sexta feira) será das 14 às 18h30 e a atividade estará integrada à programação do Fórum Social Mundial.

Todos e todas poderão participar pelas redes digitais da Fasubra.

Facebook: https://www.facebook.com/Fasubra

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC2Hq6qpYl8_ey_JW3Sh5I_w

Teremos palestras sobre saúde física e mental dos aposentados/as na pandemia, resgate histórico dos aposentados/as da Federação, inclusão digital na terceira idade e direitos dos aposentados/as e aposentandos/as com as reformas do governo Bolsonaro.

Cada sindicato terá cinco minutos de fala e deverá, através de sua coordenação de aposentados, indicar as pessoas que vão participar direto na plataforma do evento.

Sintufepe UFPE
Em defesa da vida, da Educação, da Saúde e do Serviço Público!
Estamos junt@s nessa luta!
Vacina para todos já!
Fora Bolsonaro e Mourão!

09 janeiro, 2021

Muito mais do que 200 mil vidas

7 de janeiro, primeira semana de 2021, o Brasil atingiu a triste marca de 200 mil mortes por covid-19. A primeira vítima fatal no país foi registrada no dia 12 de março de 2020. Nesse início de ano também batemos o recorde diário de óbitos: no mesmo dia 7 foram registradas 1.841 levadas pelo coronavírus. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

E qual é a situação dos profissionais de saúde? Um terço das mortes entre profissionais de enfermagem por covid-19, em todo o planeta, estão no Brasil, conforme publicou hoje o jornal El País.

O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos, com o maior número de mortos e infectados por essa doença. Em todos os países atingidos por essa pandemia é a população mais vulnerável, em situação de rua, ribeirinhos, moradores de favelas, quilombolas e indígenas, segmentos socias majoritariamente compostos por negros e mulheres, além da população LGBTQIA+. São esses os perfis humanos que tem sido acometidos com maior intensidade nessa tragédia sanitária atual. 

A dimensão desse impacto devastador nos leva a destacar que por trás dos números estão vidas humanas, famílias brasileiras sendo desmontadas e o clamor de que o Poder Público deve assumir o combate à essa crise sanitária.


Desigualdade social

O espelho desse desastre social agrava o principal problema vivido no Brasil, a desigualdade. Em outubro do ano passado 14 milhões de famílias estavam inscritas no Cadastro Único do Ministério da Cidadania, do governo federal. São quase 40 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, pessoas que em absoluta maioria não tem acesso regular à água, higienização, moradia própria e que se veem descobertas, ainda mais com o fim do auxílio emergencial que chegou a alcançar mais de 60 milhões de brasileiros. O aumento de famílias em situação de extrema vulnerabilidade cresceu em mais de 1 milhão e 300 mil, só nos dois primeiros anos do governo  Bolsonaro.


Vencer a pandemia e a desigualdade

A adoção de políticas públicas baseadas em evidência científica é determinante no destino da saúde e da vida da população brasileira. Posturas negacionistas e de negligência com às famílias e vítimas, sustentando mentiras diariamente, chamando o vírus de “gripezinha” e mais, pondo em dúvidas a eficácia de uma política de imunização através da vacina, tal como sistematicamente tem feito o Presidente da República, apenas colocará mais gente em risco de morte.

Vencer o coronavírus implica na construção de uma política nacional integrada que inclua os estados e municípios para o enfrentamento da doença, com o imediato início das vacinações, seguindo criteriosamente o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante de um desafio com essa grandeza, aplicar uma sistemática de imunização em massa da população, obedecendo critérios sociais e humanitários, é hoje o primeiro passo para o país iniciar também a batalha contra a abissal desigualdade social brasileira.

A partir daí, cabe ao Estado garantir acesso à renda básica às pessoas socialmente vulneráveis, movimentando os setores econômicos fundamentais, o que irá gerar emprego e cidadania para cada brasileiro que não pode ser visto como apenas mais um número.

Sintufepe UFPE

Em defesa da democracia, saúde, educação e do Serviço Público!

Fora Bolsonaro e Mourão!

07 janeiro, 2021

Nota do Sintufepe UFPE: repúdio à demissão de Áureo Cisneiro


Diante da exoneração arbitrária do servidor Áureo Cisneiros pelo governador do estado, Paulo Câmara, o Sintufepe - Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco – Seção UFPE manifesta seu absoluto repúdio a essa decisão autoritária, bem como expressa sua total solidariedade ao companheiro, ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco - Sinpol e um dos fundadores da Frente Antifascista e Antirracista de Policiais Brasileiros.

É inaceitável a criminalização da luta por melhores condições de vida e trabalho. Esse ato da gestão estadual atinge diretamente todas e todos que lutam por um país mais justo, igualitário, inclusivo e soberano. É um perigoso precedente de ataque à democracia, à diversidade de pensamento e aos movimentos sociais, no momento em que o autoritarismo e o arbítrio se tornam prática corrente do atual desgoverno federal, sob o comando de Bolsonaro. Estamos ao lado dos que exigem a imediata reintegração de Áureo Cisneiros. E reafirmamos nosso compromisso com essa contestação.

Lutar por uma vida digna não é crime!

Não calarão a voz dos trabalhadores e do movimento sindical!

Reintegração já!


Sintufepe UFPE

Em defesa da democracia, da educação, da saúde e do serviço público!

FORA BOLSONARO E MOURÃO!