31 março, 2015

Categoria Aprova adesão à Jornada Nacional de Lutas dos SPF's

Nesta terça-feira, 31 de março, em Assembleia Geral, a categoria aprovou a adesão ao calendário da Jornada Nacional de Lutas dos Servidores Públicos Federais, com o seguinte calendário de mobilização:

07/04 (terça-feira) Panfletagem na Entrada do Campus
08/04 (quarta-feira) Debate sobre a EBSERH, às 10h00*
09/04 (quinta-feira) Paralisação e Debate sobre as 30 horas, às 10h00*
*Local a ser definido.

A Jornada Nacional de Luta faz parte do calendário de mobilizações da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Públicos Federais - 2015. Durante os dias 07, 08 e 09 os servidores federais de todas as categorias e estados realizarão atos e paralisações para chamar a atenção do governo e sociedade sobre as pautas do funcionalismo.

O Sintufepe convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras da UFPE a participarem das mobilizações e fortalecerem a luta. Neste mês, estamos recebendo a última parcela (5%) do acordo resultado da greve de 2012 e até agora o governo tem acenado negativamente à nossa pauta de reivindicações. O funcionalismo público amarga o triste destino de não ter Data Base e ver seu salário ser corroído ano após ano pela inflação.
Algumas de nossas Pautas
·      Reposição linear de ·27,30%
·      Política salarial permanente;

·      Paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas;
·      Data-base em 1º de maio;
·       Aprimoramento da Carreira PCCTA (piso e step);
·      Regulamentação da negociação coletiva;
·      Isonomia dos benefícios entre os Três Poderes;
·   Retirada dos projetos de lei que prejudiquem os servidores e aprovação daqueles que Beneficiem o servidor público;
·   Revogação das MP’s 664 e 665
·   Pela revogação do FUNPRESP e da EBSERH
·   Racionalização dos Cargos.


Em repúdio aos cortes de orçamento na Educação e aos cortes de direitos dos trabalhadores (MP’s 664/665) vem pra luta e vamos mostrar que os Técnicos Administrativos da UFPE são fortes! 

Execução dos 28,86% (Relação de ajuizamentos)

Confira aqui a listagem com os nomes das pessoas para as quais já propusemos a execução dos 28,86%.
São 341 pessoas. Todas devem procurar a Funcionária Yara na Secretaria do Jurídico do Sindicato para saberem sobre os valores dos cálculos e maiores informações.
Não será permito repasse de informação à terceiros, somente ao filiado interessado.
Em caso de idosos, impossibilitado por enfermidade encaminhar declaração assinada pelo titular nominando o representante legal.

29 março, 2015

Assembleia Geral da Categora

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais está convocando uma Jornada de Lutas nos dias 07, 08 e 09 de abril, com atividades em Brasília e também nos estados. Na última Plenária da FASUBRA que aconteceu nos dias 07 e 08 de março no Rio de Janeiro, foi aprovada a adesão ao calendário.

O Sintufepe-UFPE convoca toda a categoria para participar da Assembleia que acontecerá nesta terça-feira, dia 31 de março, com primeira chamada as 9h30 no auditório do CCS, para discutir a participação da UFPE na paralisação. Compareça. 








26 março, 2015

O que está por traz dos porcelanatos do HC

Nesta terça-feira, 25 de fevereiro, recebemos a denúncia por parte dos trabalhadores Ascensoristas do Hospital das Clínicas que os mesmos foram desalojadas, desde dezembro de 2014, da  sala de convivência que utilizavam. Visitamos o local para onde os trabalhadores foram realocados e constatamos diversas situações inadmissíveis. Além de infiltrações, mofo e falta de ventilação é perceptível a insegurança, uma vez que o acesso se dá por fora do prédio.  As trabalhadoras informaram que a sala não recebe nenhum tipo de higienização por parte da equipe de limpeza do hospital e que as mesmas trabalham carregando seus pertences com medo de serem furtadas.


Acontece que a sala antes ocupada pelos Ascensoristas foi reformada para comportar a Central de Maqueiros.

Procuramos a administração do Hospital e fomos informados por uma funcionária que as Ascensoristas não têm direito a sala de convivência uma vez que trabalham 6 horas. Salientou que a sala que visitamos trata-se de um depósito que foi utilizado para guardar o mobiliário que ela informou ser propriedade particular dos Ascensoristas e que estes trabalhadores não fazem parte do quadro do hospital.  A servidora informou ainda que os funcionários podem utilizar durante seus 15 minutos de descanso o mezanino no segundo piso, a copa da administração e o subsolo que hoje é utilizado pelos trabalhadores terceirizados que fazem a limpeza e não podem circular pelo hospital durante seu horário de intervalo.
Visitamos o mezanino e encontramos um ambiente sem estrutura para receber o intervalo das trabalhadoras.
Ao chegarmos ao subsolo, que foi indicado pela administração do hospital como área de convivência, constatamos o profundo desrespeito com que a Ebserh tem tratado os trabalhadores da casa. Encontramos um ambiente escuro, com mau cheiro, repleto de entulhos, sem ventilação, alagado e cheio de mofo. Os trabalhadores que lá se encontravam na ocasião informaram que no ambiente há uma grande quantidade de mosquitos e que é possível se deparar até com timbus.


 

É inadmissível que uma instituição de saúde exponha a condições degradantes seus trabalhadores e que queira justificar o “despejo” das servidoras por questões legalistas. As trabalhadoras com quem conversamos possuem entre 25 a 32 anos de casa e relataram que sempre tiveram sala de convivência, sendo visivelmente desrespeitadas depois de tantos anos de dedicação ao trabalho.
A geladeira, armários e mesas que compunham a copa e que foram indicados pela administração como propriedades pessoais dos trabalhadores na verdade são da Universidade conforme pôde ser constatado através de tombamento.

Esta, infelizmente, é apenas uma das mazelas derivadas da contratação da Ebserh para gerir o Hospital das Clínicas da UFPE. O Reitor, e todos aqueles que aprovaram tal contratação  precisam se pronunciar. Lembramos que a adesão a Ebserh se deu de forma autoritária, numa seção tumultuada do Conselho Universitário, onde os que se opunham  à contratação não tiveram sequer a oportunidade de defender contrariamente.

O SINTUFEPE/UFPE não medirá esforços para defender os trabalhadores do Hospital das Clínicas deste e de outros ataques.

23 março, 2015

Ponto Feminista: GÊNERO, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO

Por: Edinoan Padre da Silva


Com finalidade de evitar a discriminação e promover a igualdade, a plataforma de ação da IV Conferência Mundial da Mulher, realizada em Beijing(1995), trouxe como plano de ação alguns pontos como a transversalidade de gênero, segundo o qual visa assegurar a perspectiva de gênero, que passa a integrar efetivamente as políticas públicas nas esferas de atuação governamental (DECLARAÇÃO E PLATAFORMA DE AÇÃO DA IV CONFERENCIA MUNDIAL SOBRE A MULHER,  1995, p.149).
 Os Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres (PNPM) desde 2004 traz como objetivo a implantação de ações que promovam a diminuição das desigualdades de gênero. Contudo, sabe-se que a educação brasileira ainda não apresenta totalmente o princípio da igualdade de gênero. Pois, não se pode reduzir as desigualdades apenas com o acesso à educação. Nesse sentido, é preciso também rever as questões relacionadas aos conteúdos, cursos e carreiras que dão acesso aos homens e mulheres.
Ao analisarmos do ponto de vista da Política Educacional, significa não apenas proporcionar o acesso de mulheres a todas as áreas do conhecimento e formação, mas transversalizar gênero nos currículos. O PNPM 2013-2015 traz alguns pontos como objetivos específicos e metas para a educação superior, como por exemplo: a formação continuada através de cursos; gênero e diversidade na escola e gestão de políticas públicas em gênero e raça; enfrentamento da violência de gênero em todos os níveis de educação; ampliação de acesso e permanência das mulheres no ensino profissional, tecnológico e superior e apoio à produção e divulgação do conhecimento sobre gênero e diversidade por meio do fortalecimento dos núcleos de gênero nas universidades (BRASIL, 2013). Ainda nesse sentido, o Plano Nacional da Educação (PNE) vigente em 2001-2010 trouxe como uma das metas para a educação superior a oferta da temática de gênero nas diretrizes curriculares dos cursos de formação de professores. Em decorrência, no período da tramitação do Projeto Lei (PL) 8.035/2010, que aprova o PNE 2011-2020, ocorreram debates sobre a inclusão explícita sobre a temática de gênero no Art. 2º, citando uma das diretrizes “A superação das desigualdades educacionais, sendo uma das ênfases em gênero”.
É sabido que ainda são poucas as pesquisas com abordagem no impacto da discriminação de gênero nas políticas públicas educacionais. Apesar da Constituição de 1988  apresentar como direito a igualdade entre homens e mulheres, a escassez de estudos nessa temática ainda é densa. Nas escolas, as relações de gênero necessitam ser mais discutidas entre educadores e educadoras. Dessa maneira, se faz necessário buscar através de políticas públicas sociais, compreender e repensar temas como gênero, que se encontra como uma das complexidades de uma sociedade movida por novos ideais, novos agentes sociais, todavia, uma sociedade ainda cristalizada culturalmente em certos conceitos de cunho discriminatório, como também, uma sociedade carente de um maior esclarecimento de como agir com respeito ao outro, tendo em vista o ideal de igualdade.

Referências

DOURADO,  Luiz  F. (Org.).  Plano  Nacional   de  Educação   (2011-2020):   avaliação  e
       perspectivas. Goiânia: Editora da UFG/Autêntica, 2011.

ESPAÇO DO CURRÍCULO, v.7, n.2, p.262-275, Maio a Agosto de 2014.

FARAH, Marta Ferreira Santos. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(1): 360, janeiro-
      abril/2004.

*Edinoan é  Graduada em Ciências Sociais Licenciatura - UFPE, Especialista em Gestão Educacional e Coordenação Pedagógica -UFPE, Mestranda em Educação, Cultura e Identidades pela UFRPE e Funcionária do SINTUFEPE/SS-UFPE

                                

Todos e Todas ao XXII CONFASUBRA

O Congresso é a instância máxima de deliberação da federação. Ele reúne delegados(as) eleitos(as) em Assembleias realizadas em todo o país, nas entidades de base filiadas  à federação. Trata-se de um processo democrático e participativo, em que a base é convocada a comparecer ao Congresso e decidir sobre sua orientação política, programa, tarefas, deliberar sobre o Estatuto e eleger a nova Direção da federação.

O XXII Congresso da FASUBRA será realizado entre os dias 4 e 8 de maio, em Poços de Caldas (Minas Gerais).

Em um momento de tamanha relevância política, onde de um lado o governo federal acena favorável aos interesses dos bancos e dos mercados, cortando mais de 30% no orçamento da educação pública, o que impacta diretamente na falta de perspectivas de aumento salarial para esse ano e o outro, grupos conservadores se alinham a partidos de oposição à direita do governo, para ensejar um futuro ainda pior para o país. Não há como os servidores públicos federais se isentarem da responsabilidade de dar uma resposta política enquanto membros da classe trabalhadora no Brasil.


Edital aqui

18 março, 2015

Divulgada lista dos candidatos para Reitor da UFPE

Foram homologadas pela Comissão Eleitoral do certame cinco candidaturas. No próximo exemplar do jornal InfoSINTUFEPE será dedicado um espaço por igual, para cada candidato responder perguntas elaboradas pelo sindicato e de interesse dos Técnicos Administrativos em Educação da UFPE.

As eleições foram remarcadas e se darão no dia 29 de abril, das 9h às 21h, em todos os centros acadêmicos, incluindo o de Vitória de Santo Antão e Caruaru.

Conheça os candidatos por ordem do número da chapa:

Chapa 52
Prof. Daniel Alvares Rodrigues - para o cargo de Reitor
Profa. Bianca Arruda Manchester de Queiroga - para o cargo de Vice-Reitor
Chapa 55
Prof. Diogo Ardaillon Simões - para o cargo de Reitor
Profa. Zélia Granja Porto - para o cargo de Vice-Reitor

Chapa 56
Prof. Anísio Brasileiro de Feitas Dourado - para o cargo de Reitor
Profa. Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos - para o cargo de Vice-Reitor
Chapa 57
Profa. Maria José de Matos Luna - para o cargo de Reitor
Prof. Marcos José Vieira de Melo - para o cargo de Vice-Reitor
Chapa 58
Prof. Edilson Fernandes de Souza - para o cargo de Reitor
Profa. Luciana Cramer - para o cargo de Vice-Reitor

16 março, 2015

Nota de Falecimento: Mário Ferreira da Silva

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do companheiro Mário Ferreira da Silva, vítima de um infarto, na última quinta-feira (12). Mário tinha 66 anos, ingressou na UFPE em 1972 e era taxidermista lotado no departamento de Zoologia. 
Segundo o colega Roberto Rocha, Mário era divertido, brincalhão e querido por todos que tiveram a oportunidade de conviver com ele, sejam técnicos, alunos ou professores.
O companheiro deixa esposa, 4 filhos e 5 netos e muitas saudades. 

12 março, 2015

Em reunião, MEC tenta protelar negociações

Diante da ausência do ministro da educação, Cid Gomes, por motivos de saúde, segundo Luiz
Claudio, Secretário Executivo do Ministério da Educação, a reunião ficou prejudicada quanto ao andamento das negociações, servindo então como uma recapitulação dos debates por meio da cobrança da direção da Fasubra, com o não cumprimento dos prazos estipulados pelo próprio governo para uma resposta definitiva sobre a pauta de reivindicações da categoria, exaustivamente debatida em 2014.

Sobre a posição do MEC quanto ao corte no orçamento direcionado as universidades federais, o Secretário optou por não tratar o bloqueio de repasses como cortes, visto que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ainda não foi aprovado, optando por aguardar uma definição política por parte da presidência.

O representante do MEC afirmou que a intenção do ministério é continuar o processo negocial, mesmo que isso signifique não aceitar integralmente as reivindicações da bancada sindical. E que para isto estariam dispostos a reiniciar os debates.

A bancada sindical replicou que não se trataria de reiniciar as discursões, mas retomar de onde parou. Assim os representantes dos Técnicos Administrativos apresentaram na mesa o calendário de mobilizações aprovado na Plenária Nacional da federação, com manifestações para o dia 26 de março, paralisações em abril e indicativo de greve em maio.

O Secretário Executivo do MEC se comprometeu por buscar uma agenda com o ministro e articular uma série de reuniões ainda no mês de março, as quais os sindicalistas cobraram que de fato aconteçam na próxima semana.

Saúde privada de olho no HC

Pela quarta vez uma equipe de gestores do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, visita as instalações do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Em conjunto com a administração da Ebserh divulgam estarem realizando uma nova analise situacional do hospital, visando a elaboração de um Plano Diretor Estratégico local.



O interesse da Ebserh e do Sírio-Libanês sobre o HC é de aprofundar a descaracterização e a desvinculação da gestão e operação hospitalar, da UFPE, através de um suposto “novo modelo de gestão dos hospitais universitários federais”.

Tal iniciativa, com vistas a esse modelo de gestão, não deixa clara a caracterização das relações de trabalho ou o nível de participação dos profissionais do HC na elaboração desse Plano Diretor. Vale guardar atenção especial sobre o interesse que tem o grupo que controla o hospital paulista, sobre os hospitais universitários.

UFPE abre inscrições internas para auxilio à graduação

O programa é destinado aos Técnicos Administrativos em Educação aprovados em no vestibular ou que estejam cursando ensino superior em instituições privadas, mas reconhecidas pelo MEC.

As inscrições se dão até o dia 15 de abril e serão oferecidos dez auxílios, no valor de R$ 100,00 ao mês, agregados na folha de pagamento do funcionário. Segundo informação divulgada pela UFPE, o programa é restrito para os Técnicos Administrativos que estiverem na ativa e que tenham suas atividades lotadas diretamente na universidade, além de não estarem respondendo por processo administrativo de qualquer tipo.

As inscrições podem ser feitas na Coordenação de Capacitação e Qualificação da Progepe, na sala 126 da reitoria, em dois horários, manhã e tarde. É necessário imprimir e preencher a ficha de inscrição, disponibilizado no site da Progepe, já a documentação necessária também pode ser conferida no edital. O resultado da seleção será exposto no Boletim Oficila da universidade e no site da Progepe

11 março, 2015

Se liga! Amanhã tem reunião da Fasubra com o Ministro Cid Gomes

Após as manifestações em vários campus universitários federais em todo Brasil, o gabinete do Ministério da Educação entrou em contato com a direção da Fasubra, convidando para uma audiência que está prevista para ser realizada amanhã (12.03).

A expectativa é pela retomada das negociações entre governo e trabalhadores das universidades, paralisadas desde as eleições de 2014.

O Sintufepe acredita que o agendamento dessa reunião foi fruto da mobilização dos Técnicos Administrativos em Educação das universidades, o que reforça a necessidade de manter a categoria mobilizada e presente na luta para pressionar o governo por menos cortes na educação e mais direitos. 

09 março, 2015

Ponto Feminista: O machismo por trás do microfone da assembleia

Por: Leilane 

É minha intenção abrir para as mulheres as perspectivas de nossa revolução, oferecendo-lhes meios para que se forme uma mentalidade livre, capaz de discernir por si mesma o falso do verdadeiro, o político do social. Porque eu creio que mais urgente que organizá-la nos sindicatos – sem que despreze esta atividade -, é colocá-la em condições de compreender a necessidade desta organização. [Lucia Sanchez Saornil, Resumo acerca da questão feminina para o companheiro M. R. Vasquez, Revista Mujeres Libres, 1935] 

O trecho acima foi escrito por uma militante da Revolução Espanhola há quase 80 anos, mas poderia ser escrito por cada uma de nós em 2015: a vivência da luta sindical em plenos anos 2010 sugere que a situação das mulheres no movimento social mudou pouco ou quase nada. Pode parecer repetitivo dizer que o machismo, a opressão da mulher pela figura de um macho, está presente em todos os espaços da nossa vida. Inclusive no sindicato. Mas no contexto de nossa categoria, não é NADA repetitivo. 

É bom esclarecer, para quem estiver de fora da realidade do movimento de trabalhadores da UFPE, que o movimento sindical na UFPE tem um debate bastante tímido quando se trata de Feminismo. Infelizmente, nossas principais pautas de mobilização estão em sua maioria atreladas à exploração econômica do trabalhador: reivindicamos aumento de salário, redução da jornada de trabalho, reformas no plano de cargos e carreiras, etc. Na última década, mal conseguimos agregar para pautas que saíssem do campo das necessidades, como a EBSERH, que é uma afronta ao povo pobre. Qualquer debate que não bata no bolso fica relegado a segundo plano ou parece não ter adesão massiva da categoria. Imaginem, então, se seria prioridade levar à frente uma luta sindical e feminista. 

Lembremos que as primeiras lutas sindicais se fortaleceram pela necessidade de os trabalhadores se oporem a um sistema econômico emergente, o capitalismo. Ora, não tenhamos medo de resgatar que o sindicalismo, desde sua origem, é uma luta ANTICAPITALISTA. Ele cresceu e se articulou paralelamente à formulação das ideologias no campo do socialismo. Isto não está fora de moda e não é coisa de livro didático: e é importante que, se insistimos em nos mobilizar enquanto categoria, resgatemos esta história e lembremos de que nossa luta era por liberdade, e não pelo aumento do vale coxinha. Lembremos também que a organização das mulheres também se deu no seio do movimento sindical, e para além dele. O estabelecimento do 8 de março como o Dia Internacional da Mulher está ligado às mobilizações de mulheres trabalhadoras no início do século XX. 

Mas, na situação do nosso sindicato hoje, o socialismo e o feminismo estão ESCONDIDOS. O pragmatismo tomou conta do movimento e não se dedicam mais espaços para formação política. Não se fala mais na luta por uma nova sociedade através da organização dos trabalhadores. O sindicalismo praticamente se reduziu à luta por salários, apesar de o capitalismo continuar sendo o sistema que gera a exploração do povo. Da mesma forma, todas os outros tipos de dominação são igualmente esquecidos. No dia a dia da luta, nós mulheres somos discriminadas e deslegitimadas, o que reverbera nas pouca dedicação às pautas feministas, ainda colocadas em segundo plano. O machismo continua lá: muito sentido, pouco falado, NADA REFLETIDO. 

A dinâmica interna do movimento: assembleias, greves, dias de paralisação e de comemoração 

Basta acompanhar uma assembleia ou mobilização do SINTUFEPE para percebermos a reprodução de diversos comportamentos machistas, que podem passar desapercebidos por mulheres que, muitasvezes, passam por situações muito mais escancaradas dentro de casa. A presença de mulheres em assembleia não garante, de maneira alguma, a diminuição da opressão ou o constrangimento dos homens em repetí-las. Vamos elencar alguns pontos: 

- Poucas falas de mulheres nos espaços: apesar de muitas vezes estarem em bom número nas mobilizações, as mulheres se sentem constrangidas e, muitas vezes, não falam no microfone. Não é só uma questão de timidez: a metodologia agressiva e machista nos espaços do movimento as afasta. Muitas vezes, os "líderes" sindicais querem ganhar a assembleia no grito, do mesmo jeito que ganham a briga com suas esposas em casa. Indo mais a fundo: existir um palco, uma mesa e um microfone, faz o momento de fala parecer destinado aos "entendidos" do movimento. Ou seja: às lideranças calejadas, em geral HOMENS. Faltam espaços de mobilização setorial, em que nós mulheres nos sentiríamos mais à vontade, por serem espaços próximos, de convivência diária, para que haja o emponderamento do discurso e, a partir de então uma mudança de quem fala. - Indiretas para as mulheres, corte de fala das companheiras: muito dificilmente será visto em qualquer sindicato um MILITANTE HOMEM falando com outro MILITANTE HOMEM enquanto coloca as mãos na cintura do companheiro. No entanto, isto é mais do que comum quando se trata de um MILITANTE HOMEM falando com MILITANTES MULHERES, principalmente as recém chegadas no movimento e que se pretende trazer para a órbita política do militante em questão. Não estou aqui dizendo que as companheiras apreciam este tipo de abordagem. Muito pelo contrário. A intenção aqui é apontar que os homens se sentem completamente CONFORTÁVEIS em tratar as mulheres como seres frágeis a serem acolhidos, com os quais se deve dialogar na posição de um macho dominador, tal qual fazem na vida privada quando querem convencer com palavras mansas uma mulher a concordar com a opinião deles. O comportamento se modifica, no entanto, quando uma MILITANTE MULHER fala firmemente em oposição ao que o MILITANTE HOMEM quer dizer. Nestes casos, podem acontecer duas coisas: esta mulher passa a ser tratada como uma pessoa numa posição masculina de debate, pois pode, aos olhos dos homens, ser vista como possível liderança, com a qual é melhor dialogar ou os militantes homens podem, simplesmente, se sentirem à vontade para CORTAR A FALA DELA, pois o que ela está dizendo não vai agregar ninguém e ele não precisa ter PACIÊNCIA de escutar. 

Infelizmente, estes comportamentos têm se reproduzido ao longo dos anos e, ultimamente, não têm sido objetos de denúncia ou reflexão. Digo, não temos desenvolvido políticas sindicais de combate a este tipo de postura. Se historicamente isto já foi feito, precisamos retomar com firmeza esta tarefa para que não deixemos passar estas posturas quando as virmos.

 A prioridade pública ou “Costume de casa vai à praça” 

Nenhuma luta é mais importante que outra, acabemos com o mito da hierarquia de lutas que continua a reproduzir a divisão entre o público e o privado, dando muitas vezes prioridade ao urgente em lugar do importante. [O feminismo não é “um assunto de mulheres”, Tesoura Para Todas, 2014] 

Os mesmos companheiros que reproduzem o machismo no dia a dia se abstém de contribuir nas lutas feministas. O Caso Zaverucha, por exemplo, teve pouco apoio na base e não foi levado como prioridade pelos militantes homens dentro do sindicato. Pouquíssimos companheiros ajudaram na construção dos atos e da mobilização da campanha. Como se esta não fosse uma pauta a ser abraçada pelo movimento inteiro. Como se só as mulheres tivessem de lutar contra o machismo. 

A falta de reflexão cotidiana e formação política nas pautas de gênero e sexualidade só mantém as mulheres oprimidas dentro de um movimento que luta contra a exploração do trabalhador e que, por princípio, deveria lutar contra todas as formas de opressão, por uma sociedade livre. Enquanto não levarmos a sério a criação de um espaço auto-organizado de mulheres, um espaço exclusivo que garanta o debate feminista entre todas nós, estaremos isoladas. O movimento sindical tem de começar a ser um espaço acolhedor para as companheiras mulheres. E só o será quando todas e todos conseguirem, com a mesma força, se indignar com o salario baixo e com uma agressão machista. 

Não podemos mais ser silenciadas. O microfone não pode ser monopólio masculino. O movimento não é monopólio masculino. Nossa voz tem que ter lugar. E só a nossa organização pode demarcá- lo. 

O sindicalismo será feminista ou não será. 


*Leilane é militante da base do SINTUFEPE, Anarquista e Feminista.

08 março, 2015

Dia 08 de março: Dia Internacional da Mulher é dia de luta

O Dia Internacional da Mulher, não deve ser uma data que se resuma a homenagearmos nossas mães, irmãs e companheiras com bombons e flores, ou lembrarmos o quão fortes, geniosas e cuidadosas as mulheres podem ser. É uma data de luta, em que as pautas feministas devem receber uma atenção especial, porque por mais que já tenhamos avançado nessa caminhada ainda há uma trilha longa a se percorrer.
Afinal, enquanto mulheres forem violentas e julgadas por causa de suas roupas, não tiverem autonomia absoluta sobre seus corpos, receberem menores salários que os homens desempenhando a mesma função, forem subrepresentadas nos espaços de poder, o dia 08 de março será um dia de luta.

Assim, durante todo o mês de março o Site do SINTUFEPE/SS-UFPE receberá textos de mulheres sobre temáticas feministas.  O projeto, Ponto Feminista, visa abrir um diálogo sobre a luta pela igualdade, liberdade e autonomia para todas as mulheres.

Para participar, envie seu texto para o endereço sintufepessufpe@gmail.com, até o dia 20 de março, com seu nome completo e uma breve apresentação.
Confira algumas sugestões de temas:

-Violência doméstica
- Assédio sexual e moral
- Mulher e o movimento sindical
-Legalização do aborto
- Mulher no mercado de trabalho
-Comportamento sexual
- Creches
-Feminismo
- Democratização do poder
- A sociedade machista e a opressão
-Assédio moral e sexual

Participe e vamos juntas fortalecer a luta contra a opressão, o machismo e o assedio sexual e moral.




05 março, 2015

Seminário de Mulheres do Sintufepe reafirma que “Lugar de mulher é onde ela quiser”

No segundo dia de realização do 3° Seminário Interno das Mulheres do Sintufepe o debate girou em torno da relação entre a mulher e a sociedade. Os espaços de poder e a relação de gênero no mundo do trabalho. O saldo desse debate que ocorreu no auditório do Centro de Educação foi a afirmação da necessidade das mulheres continuarem a luta pelo avanço de seus espaços na sociedade.

O primeiro painel tratou da localização feminina nos espaços de poder. A Professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), Ana Cristina problematizou a condição da mulher afirmando que “estamos ocupando os espaços públicos, mas não podemos abrir mãos dos espaços privados, pois é aí que está localizada nossa individualidade”. De acordo com a professora, a necessidade de afirmação social não pode negar a particularidade feminina.

Por outro lado, argumentando em nome da Conlutas, Rafaela Carvalho, direcionou esforços para alertar sobre a necessidade da organização das mulheres. “É importante as mulheres estarem organizadas contra os ataques e retiradas de direitos, por exemplo, da Medida Provisória 665”, ressalta. A MP 665, decretada recentemente pela Presidência da República delibera sobre limites no acesso às pensões por morte do cônjuge, no caso do funcionalismo público.

Já a Coodenadora do Sintufepe, que também se posicionou representando a CTB, Agar Pereira, insistiu na necessidade das mulheres manterem-se firmes na disputa social, para alcançar em direitos e conquistas. “A persistência é fundamental para ocuparmos nosso espaço na sociedade, isso em todos os âmbitos. Seja na 
política, no trabalho e até nos sindicatos”, finalizou.


Mulher X Trabalho

O segundo momento trouxe o tema da violência e discriminação no mundo do trabalho. A facilitação foi realizada pela advogada da Secretaria da Mulher, Iranilda Pereira, a assistente social, Vanise Alves e a militante do Movimento Mulheres em Luta, Gisele Peres. Todas abordaram e denunciaram os dramas que mulheres sofrem no cotidiano, seja na disputa injusta com os homens por postos de trabalho, a luta por salário igual e contra violências cotidianas, como o assédio sexual e o assédio moral, onde no mercado de trabalho os agressores têm as mulheres como alvos preferenciais.

Amanhã no último dia do seminário, as atividades se concentraram a partir das 8h, na sede do Sintufepe, com um dia direcionado ao bem estar e a autoestima feminina.

06 de março: Dia Nacional de Luta contra a EBSERH

Nesta sexta-feira, 06 de março o Hospital das Clínicas realizará uma paralisação em protesto à má gestão. Após mais de um ano de adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) o quadro de precarização do HC continua e, infelizmente, até piorou, segundo funcionários e pacientes. Diariamente o SINTUFEPE recebe denúncias da falta de insumos como, por exemplo, ataduras, agulhas de insulina, seringas, fraldas, torneirinhas, potes para exames e sabão.
É inadmissível que um Hospital escola referência como o HC passe por essa situação. Por isso, convidados os trabalhadores da UFPE a participarem da Assembleia que se realizará no mesmo dia da paralisação, 06 de março, as 9:30 (1ª chamada), no Anfiteatro 4 do HC. Confira a pauta:

  1. Informes
  2. Avaliação da gestão da Ebserh no HC
  3. Indicativo de greve
  4. Encaminhamentos


À implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) nos Hospitais Universitários e em qualquer outro Hospital-escola do país, significa o uma afronta ao caráter público dos HUs e à sua característica nata de instituição de ensino vinculada à Universidade; um desrespeito à autonomia universitária; um risco à independência das pesquisas realizadas no âmbito dos HUs; uma forma de flexibilizar os vínculos de trabalho e acabar com concurso público; além de prejudicar a população usuária dos serviços assistenciais prestados pelos Hospitais-escola e de colocar em risco de dilapidação os bens públicos da União ao transferi-los a uma Empresa.

Nacionalmente, também nesta dia 06 de março, a FASUBRA e o Fórum das Entidades do Serviço Publico Federal estão convocando um ato nacional contra a EBSERH, em defesa dos hospitais universitários e do SUS. O Ato acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, e o SINTUFEPE estará representada por 8 delegados que foram eleitos na última assembleia geral da categoria. 

04 março, 2015

Primeiro dia do 3º Seminário Interno das Mulheres do Sintufepe faz resgate da importância do 8 de março

Um evento que já se consolida no calendário do movimento sindical na Universidade Federal de Pernambuco, o 3º Seminário Interno de Mulheres do Sintufepe aborda temáticas direcionadas para a formação política, cuidados com a saúde e afirmação de gênero entre as mulheres, em particular as companheiras filiadas ao sindicato. O seminário acontece entre os dias 4 e 5 de março, das 8h30 ao 12h no auditório do Centro de Educação e no dia 6, das 8h30 às 16h na sede sindical.

Está terceira edição a atividade tratou no seu início de fazer um resgate da importância deste dia. A facilitação dos debates foi promovida pela Professora Valéria Silva, que fez um apanhado histórico, além de contextualizar as tarefas do feminismo hoje em meio a avanços como a Lei Maria da Penha e a recente aprovação no Congresso do aumento da pena, para crimes cometidos contra as mulheres.

A mesa de debates que foi composta pelas Coordenadoras do sindicato, abriu a oportunidade para a plenária manifestar-se, o que foi feito em meio a análises do contexto em que as mulheres se enquadram na sociedade, dentro da universidade e dentro do sindicato.

Esse primeiro dia também serviu para as presentes se apropriarem de questões relativas à saúde. Palestrando no painel Depressão e a Mulher, o psicólogo Mário Roberto, tratou desse problema que assola mulheres de distintas idades e perfis sociais. Amanhã, o seminário trata da relação entre mulher e espaços de poder, além de abordar aspectos da violência de gênero e discriminação no mundo do trabalho.

03 março, 2015

Técnicos Administrativos da UFPE cobram do reitor Anísio Brasileiro pronunciamento sobre cortes do governo Dilma

Com um cartaz que questiona o novo slogan do governo federal, os Técnicos Administrativos da UFPE se concentraram na entrada do campus, panfletando entre os carros que chegavam e explicando os motivos do dia nacional de paralizações das universidades federais. A manifestação teve a adesão de trabalhadores de vários departamentos e paralisou as atividades nos três campus (CDU, Vitória e Caruaru), além do Hospital das Clínicas.

O protesto se dá em meio ao início da campanha salarial da categoria que reivindica o início das negociações com o governo, pelo aprimoramento da carreira de TAE, isonomia nos auxílios, reposição das perdas salariais entre outros pontos. Além das reivindicações econômicas os trabalhadores questionam os cortes impostos pelo governo Dilma sobre a educação, em particular o corte no financiamento das universidades públicas federais, que chega a 30%.

Após a concentração a categoria seguiu em caminhada até a reitoria da UFPE cobrando uma audiência com o reitor Anísio Brasileiro, para entregar uma carta exigindo da reitoria um posicionamento público sobre a redução dos repasses federais às instituições de ensino. Com a ausência do professor Anísio, a carta foi protocolada e deixada na reitoria.

A próxima mobilização dos trabalhadores se dará na assembleia específica com os funcionários do Hospital das Clínicas, na sexta-feira (6), com paralisação das atividades na unidade hospitalar em protesto contra os desmandos da administração da Ebserh.  

3º Seminário Interno de Mulheres



O Sintufepe convida as mulheres a participarem do 3º Seminário Interno de Mulheres que acontece quarta, quinta e sexta-feira, dias 04, 05 e 06 de março.
Confira a programação e participe. As mulheres já conquistaram muitos espaços, mas é preciso avançar ainda mais na luta pela igualdade, liberdade e autonomia das mulheres e a melhor forma de fazê-lo é através da constante busca e troca de conhecimentos além da mobilização social.
Confira a programação e participe!
Inscrições no Local



PROGRAMAÇÃO

Dia:  04 de março

LOCAL: Auditório do CE
HORA: 8h30m
PALESTRA: Saúde – Depressão e a Mulher
                        com: Mário Roberto Agostinho da Silva
                        -Psicólogo e Terapeuta de casais e família
                        -Mestre em saúde coletiva

10h Intervalo

HORA: 10h30m ABERTURA – Coordenador Geral do SINTUFEPE
                                        _ Coord. De Políticas para as Mulheres – Agar Pereira
                                          *Breve Histórico do dia 08 de março


Dia: 05 de março

LOCAL: Auditório do CE
HORA: 8h30m
MESA REDONDA: A Mulher nos Espaços de Poder – Desafios e Conquistas
                       Palestrantes: CUT
                                           CTB
                                           CSP/CONLUTAS: Raphaela Cristina C. da Silva
                                           INTERSINDICAL: Ana Cristina Fonseca
                                                                    - psicóloga e professoda da FACHO

10h Intervalo

HORA: 10h30m MESA REDONDA – Violência e Discriminação no Mundo do Trabalho
                             Palestrantes: Vanise Alves
- Assistente Social
-Coordenadora de Projetos Sociais junto a movimentos sociais rurais
-Especialista em Direitos Humanos – UFPE
- Mestranda em extensão rural e desenvolvimento - UFRPE        
        
Iranilda Pereira Tavares
- Advogada da Sec. Da Mulher
- Especialista em Direito do Trabalho

Gisele Peres
- Coord. Executiva Estadual do MML


Dia 06 de março


LOCAL: SEDE DO SINTUFEPE/SS-UFPE
HORA: 9:00

Atividades de valorização e autoestima da mulher