30 agosto, 2017

Próxima Plenária da Fasubra será em Pernambuco



A direção do Sintufepe – Secção UFPE informa à categoria que a próxima Plenária Nacional da Fasubra se dará aqui no estado, nos dias 16 e 17 de setembro, no Hotel Dan Inn Mar Recife, em  Jaboatão dos Guararapes.


No debate além dos informes, será abordada uma análise de conjuntura, a elaboração de um Plano de Lutas para a federação e a prestação de contas da entidade. Também será deliberado o regimento interno para a condução do Congresso da Fasubra, que acontece no final do mês de novembro.

16 agosto, 2017

Quem deve pagar o “rombo” do governo Temer?

Primeiro “eles” disseram que para equilibrar as contas do país seria necessário congelar o envio de recursos para educação e saúde públicas por 20 anos. Depois disseram que para que essa medida tenha eficiência seria necessário reduzir direitos da classe trabalhadora com a reforma trabalhista. Agora, mesmo alegando que outra reforma seja necessária, a da previdência social, aumentando a idade do trabalhador para este poder se aposentar, ainda sim, dizem que as contas do governo não fecham e mais, já estimam que as do próximo ano também tenham dificuldades para “fechar no azul”.

Temer e Meireles cogitam o que na prática já estão fazendo, congelar os salários dos servidores públicos e mais, querem aumentar a contribuição previdenciária de 11 para 14 por cento, visando fazer caixa para custear a economia do país. Percebendo bem, toda essa contenção de despesas atinge apenas um setor da sociedade, a classe que produz a riqueza do país, a classe trabalhadora.


A expectativa é um crescimento deste “rombo” em mais de 20 bilhões de reais, chegando aos R$ 159 bilhões em 2017 onde a meta inicial era de R$ 139 bilhões. E preliminarmente se afirma um crescimento dessa meta para 2018, mesmo sendo aprovada a reforma na aposentadoria e não duvide que ainda se mantenha nesses patamares de déficit, após o congelando salarial e aumento da contribuição previdenciária dos servidores.


No planejamento deste governo dos ricos, quem deve pagar a conta da farra com o dinheiro público deve ser o trabalhador. Estão apoiados em um congresso que conta com 40% de sua composição feita de setores empresariais, sem contar com a expressiva bancada do agronegócio e os parlamentares que representam interesses dos bancos. Assim, não há de se contar com medidas de interesse nacional vindas de Brasília.

Eles dizem que não, mas sim, existe alternativa!

Quando o ministro da fazenda Henrique Meireles diz não haver alternativa, pois diferente desse cenário, a alternativa seria aumentar impostos, ele mente. A carga tributária do país só não é tão absurda quanto os valores da sonegação promovida pelos próprios mega ricos do país, logo, sobre impostos o tratamento que deve se fazer é cobrar, multar, confiscar e prender os sonegadores que neste ano já causaram um prejuízo de mais de R$ 350 bilhões.

Esse discurso de falta de alternativas é reforçado pela mídia, que dá pouco ou nenhum espaço para propostas praticáveis, mas que prezam pela racionalidade econômica. Já que se fala de déficit fiscal do país, então que se fale da divida pública, melhor, da auditoria dessa dívida, visando saber o que se deve realmente. Só em 2016 o país reteve quase 44% de toda riqueza produzida para pagamento dessa dívida, inclusive desviando dinheiro da previdência social.



As distorções sociais do país são absurdas, quem tem uma renda maior contribui (quando não sonega) o mesmo valor que o cidadão que tem uma renda menor. Trimestralmente os bancos batem recordes nos lucros, então que se reajuste racionalmente a margem da Contribuição Sobre o Lucro Líquido do sistema financeiro. Outra medida sensata diante dessa distorção seria a aplicação de um imposto sobre grandes fortunas, fazendo com que os que tenham mais dinheiro paguem mais do que os que têm menos.


Quando se dá espaço para essas propostas, logo os representantes dos ricos tratam de dizer que elas não resolvem. Porém, como se pode ver ano após ano, as medidas econômicas conservadoras também não estão surtindo efeito e essa mentira fica a cada dia mais evidente. Trata-se de uma óbvia postura de classe, onde os ricos se preservam e põem nas costas da classe trabalhadora a conta. Cabe agora, revelada essa farsa saber o que se deve fazer para reverter à situação. Nas ruas e nas urnas.

09 agosto, 2017

Irreverência, pressão e tensão marcam reunião entre técnicos e reitoria da UFPE

Manifestação agendada para a manhã desta quarta-feira, na reitoria, como forma de pressão dos técnicos administrativos da Universidade Federal de Pernambuco, após tentativa de abertura de diálogo com o reitor Anísio Brasileiro na semana anterior, foi marcada pela disposição da categoria em seguir na luta contra o avanço antidemocrático da administração com o ponto eletrônico e pela cobrança da política de flexibilização da jornada de trabalho, com vistas à implantação uniforme das 30 horas para os técnicos da Federa de Pernambuco.

Apesar da agenda de reunião com o reitor, quando a categoria foi atendida o assessor da administração, prof. Paulo Santana, comunicou a indisponibilidade da participação do reitor Anísio, na mesa. Os técnicos presentes decidiram então manter a mesa de negociação, porém garantindo os termos acordados nesse encontro registrados em ata e assinado pelas partes. A partir de então se iniciou uma maratona tensa de divergências na mesa, patrocinadas sem pudor pela gestão Anísio/Flor, na busca constante por desgastar aquele espaço de diálogo.


A reunião foi acompanhada pelo ouvidor da UFPE, o prof. Ivan Vieira, que apesar de por várias vezes tomar parte, declarando inclusive simpatia pela instauração do ponto eletrônico, teve um papel final de condução a todo desgaste gerado na reunião. O assessor da reitoria foi enfático em afirmar seu limite na negociação, “não posso ultrapassar nem deliberar nada a respeito do tema ponto eletrônico, uma vez que está é uma definição da administração”, ponderou sobre o assunto prof. Paulo. Do lado dos técnicos o questionamento que se fez é de que “a realização de uma nova audiência pública com o reitor só tem sentido se a administração sinalizar pela abertura na avaliação de outras formas de se controlar a assiduidade dos técnicos, não exclusivamente com o uso do ponto”, sentencia um dos integrantes da comissão.

Das divergências sobre controle de assiduidade

O desdobramento desta reunião foi uma continuidade das divergências expostas na primeira audiência pública, realizada no mês de junho. A reitoria não aceita negociação quanto a outras formas de realização desse controle, onde de acordo com o decreto presidencial 1590/95, dá margem para outras metodologias que podem ser discutidas. Pelo contrário, desrespeitando todo um acumulo de dialogo que já vinha sendo estabelecido entre administração e técnicos, sobre a pauta dos turnos contínuos, na resolução 02/2014, a gestão do prof. Anísio na época incluiu no documento a temática do ponto eletrônico, sem que nos debates fosse observado nada a esse respeito.

Na reunião deste dia 9 a mesma metodologia foi utilizada, quando na mesa a comissão deixou claro o desejo pelo debate, porém, salientando a rejeição da forma unilateral com que vem conduzindo a reitoria sobre o assunto. Quando se chegou há termos conciliáveis a realização dessa nova audiência, na redação mais uma vez a reitoria nega propositalmente o debate, forçando a inclusão do ponto eletrônico como único a ser discutido. Expediente que foi duramente repudiado pelos técnicos presentes, que cobraram respeito ao que se tinha discutido até ali.

Em meio às pausas no debate, para que o staff da reitoria pudesse tomar orientações com a administração, foi tentado um novo acordo, dessa vez redigida pela comissão de técnicos, e mais um impasse foi criado, quando se evidenciou que a administração Anísio/Flor se quer se dispõem a assinar algum documento que trate o assunto pelo termo genérico “controle de assiduidade”, tal como vinha sendo abordado pela comissão. Foram categóricos ao dizer que só assinariam se constasse o termo “ponto eletrônico”. Depois de mais uma pausa, o Ouvidor Geral da UFPE, no uso das atribuições do seu departamento apresentou um documento acatando o pleito pela audiência, está sendo proativa no encaminhamento de uma resolução sobre o controle de assiduidade na UFPE. Uma nova reunião desta bancada está agendada para a próxima terça-feira, 15 de agosto. 

02 agosto, 2017

Dia nacional de lutas convocado pela Fasubra registra reforço na defesa das Ifes diante dos cortes do governo Temer

Aproveitando a mobilização na Federal de Pernambuco, os técnicos administrativos pautaram também a luta pelas 30 horas para todos

Chamada para a concentração na reitoria da UFPE o #2A, como ficou conhecido nacionalmente este dia de paralisações nas universidades federais, orientado pela Fasubra, protestou contra o contingenciamento orçamentário do governo federal para o setor, que chegam a 10% nas despesas de custeios e 30% de remessa de capital. Situação que tem piorado ainda mais a crise financeira das Ifes, que repercute desde o abandono de projetos de expansão, até o cancelamento dos semestres letivos.

Essa crise pode ser vista de perto, com a falta de material de expediente, água para consumo dos funcionários, precarização dos serviços do Hospital das Clínicas, o abandono do Centro de Convenções Universitário, a sistemática crise no pagamento salarial dos trabalhadores terceirizados e tantos outros dramas cotidianos, que não dá para ser vistos do “outro lado da BR101”. Pois a preocupação exclusiva do Reitorado Anísio/Flor é em aperfeiçoar o açoite do chicote, através da mecanização da assiduidade dos técnicos administrativos.

E aqui se vê onde a pauta nacional em defesa dos orçamentos das Ifes converge com a pauta local. O debate interno que deve ser priorizado nos campis da UFPE deve ser o de aperfeiçoamento das relações de trabalho, e aqui se trata da pauta das 30 horas, que deve ser estendida para todos os técnicos administrativos. O Sintufepe-UFPE já requereu reiteradas vezes uma abertura de diálogo, mas o que tem recebido é o silêncio por parte da administração.

Hoje os técnicos marcaram presença novamente no gabinete do reitor, para requerer essa conversa e foram recebidos com a fria marcação de uma agenda para a próxima quarta-feira (9). Onde novamente será realizado novo ato, com o objetivo de questionar o reitor Anísio Brasileiro quando ele irá começar a cumprir suas promessas de campanha para reitor da UFPE, ao se manifestar “conceitualmente contra o ponto eletrônico” e favorável a implantação dos turnos contínuos na instituição.