25 junho, 2014

Assembleia acata orientação do Comando Nacional de Greve e define pelo encerramento da greve na UFPE

Com a leitura do informe nacional emitido pela FASUBRA se deu o início da assembleia dos Técnicos Administrativos da UFPE, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), na manhã desta quarta-feira. O informe dissertou sobre os motivos que levaram o CNG a deliberar pela proposta de retorno aos locais de trabalho, entre eles a incontestável truculência do governo federal, no trato com os trabalhadores das universidades, que em nenhum momento se disponibilizou a pavimentar um caminho pelo fim da greve negociado. A assembleia definiu que na UFPE os trabalhos serão retomados na próxima segunda-feira, dia 30 de junho.

90 dias de uma dura luta contra a intransigência e a intolerância, ao ponto de o governo apelar para justiça buscando a judicialização e criminalização do movimento paredista. A multa imposta as entidades sindicais foi de 200 mil reais por dia, em caso de desobediência. Tamanha prepotência do governo Dilma com a negativa por negociar, se dá baseado no acordo firmado para encerramento da greve de 2012 e que se encerra em 2015.

Mas na Federal de Pernambuco a luta se mantém, está em andamento um processo de negociação entre uma comissão sindical e reitoria da universidade, que visa à implantação do regime de turnos contínuos, o que garantirá a aplicação de uma jornada de 30 horas semanais para os Técnicos Administrativos, pauta que consta nas reivindicações internas da categoria.

Para dar continuidade a essa luta a assembleia aprovou uma mobilização com piquete e panfletagem, na próxima sexta-feira (27), com concentração às 8h na entrada do campus. Já na outra quarta-feira, dia 2 de julho, haverá mais uma reunião entre comissão sindical pelos turnos contínuos e reitoria, às 9h, na reitoria e que o sindicato também convoca a categoria para estarem presentes. Por fim, está sendo convocada uma assembleia para divulgação do resultado dessa reunião com a reitoria, no dia seguinte, quinta-feira (3), com local ainda a se confirmar.

Moção de solidariedade

A assembleia aprovou por unanimidade uma moção de solidariedade, que será divulgada posteriormente, aos metroviários demitidos durante a greve do metrô de São Paulo. Categoria que também enfrentou a truculência de um governo, lá em São Paulo é o de Geraldo Alckmin (PSDB), que criminaliza e judicializa greve ao não ter a competência para tratar as reivindicações de forma negociada.