Dezembro segue no mesmo ritmo de todo ano de 2016,
acelerado. Uma guerra entre os poderes legislativo e judiciário, pautadas por
uma crise institucional gerada no primeiro semestre com um golpe institucional,
que destituiu uma presidente democraticamente eleita em 2014. E enquanto os escândalos
com políticos se sucedem, o governo trama junto a esses mesmo políticos ataques
aos direitos do trabalhador. É em meio a essa crise que os técnicos
administrativos deliberaram em assembleia na manhã desta quarta-feira (7), pela
continuidade da greve.
Essa foi a primeira assembleia de greve, após a caravana até
a capital federal, onde o governo reprimiu duramente os manifestantes e que em
muitos dos depoimentos durante a assembleia os participantes definiram o nível
da repressão como “algo que nunca antes aconteceu, nas manifestações em Brasília”.
Esta avaliação se somou as análises de conjuntura que indicaram ao final da
reunião, pela elaboração de um calendário que agrega a adesão dos técnicos ao
ato nacional contra a PEC 55, no dia 13 de dezembro e um dia de mobilização e
solidariedade aos estudantes que ocupam prédios na universidade, na quarta-feira
(14), último dia do prazo para desocupação, dado pela reitoria da universidade.