Em reunião tensa da Comissão das 30 horas, representação da categoria cobra da gestão da UFPE abertura pelo diálogo

A reunião entre representantes dos técnicos-administrativos e a administração da UFPE, realizada no último dia 4de abril, evidenciou-se desde o início a autocracia instalada pela administração da universidade no tratamento do tema.

A Pró-Reitora de Gestão de Pessoas e de qualidade de vida – PROGEPE, informou que as providências para instalação do ponto eletrônico se encontravam em fase final – isso sem qualquer abertura para diálogos. Também foi informado que teria uma pesquisa estatística, já apurada, em que todos os entrevistados preferiam a instalação deste mecanismo de aferição de assiduidade.

Cabe o questionamento sobre essa tal pesquisa, onde nenhum dos técnicos respondeu a questionário algum, tal como se desconhece qualquer chamada para dialogar a respeito da instalação desse famigerado ponto eletrônico. A gestão da universidade ignora a realidade, que é bem outra. Em alguns centros, já foram tomadas decisões por parte dos técnicos-administrativos em não aceitar a imposição da administração; pois há outras formas de se conferir a assiduidade que já são utilizadas há muito tempo, e que, desta forma, transformaram a UFPE no padrão de excelência que é hoje.

Lamentavelmente, não se vê esse empenho, celeridade e urgência na análise e aprovação dos processos para implantação dos turnos contínuos, que se encontram paralisados na PROGEPE desde 2015. Foi uma reunião tensa, onde alguns interlocutores da gestão da UFPE, além de desconhecerem ou ignorarem a legislação vigente, se mostraram sem controle emocional e nenhuma habilidade política na condução dos trabalhos, que deveria buscar o diálogo e não imposições arbitrárias.

A bancada dos técnicos busca a todo instante uma interlocução positiva, desarmada e que atenda, e entenda, que o que a categoria exige é o legitimo direito a valorização e o devido respeito à contribuição que todos podem dar para o fortalecimento desta instituição de ensino federal. Não há de se concordar com a falta de diálogo, com imposições e a intransigência, na reunião apresentada pela administração da UFPE.

Após um posicionamento firme da representação dos técnicos-administrativos, da necessidade da implantação da jornada flexível de trabalho, ficou marcada uma nova reunião, para o dia 18 de abril, onde a Comissão Geral de Jornada de Trabalho avaliará os processos pendentes e a instalação de agenda de trabalho.


A direção do SINTUFEPE convocará a categoria para discutir novos encaminhamentos.