26 novembro, 2020

Retorno ao trabalho presencial só com vacina, decide assembleia

Os servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Pernambuco estiveram reunidos em assembleia, durante parte da manhã e tarde de ontem (25), através de videoconfereência. O principal ponto da pauta foi a eleição de delegados para a Plenária Nacional da Fasubra, que se dará também por meio virtual nos dias 11 e 12 de dezembro. No entanto, os participantes incluíram no debate o tema do momento: a proposta de retorno ao expediente presencial/híbrido. Foi reafirmada a decisão anterior pelo regresso aos locais de produção física na UFPE só após a disponibilidade em massa de vacina contra a Covid-19.

Foi aprovado o envio de uma delegação com 4 membros da base, que irão debater a conjuntura nacional e as lutas, no contexto dos resultados das eleições municipais. Um novo cenário político se apresenta ao conjunto dos trabalhadores das Universidades públicas federais, com a visível diminuição de influência da extrema direita, capitaneada por Bolsonaro, mas nada que se entenda ainda por uma mudança de rota na política econômica do país. O conjunto das análises apresentadas na assembleia indicam a necessidade da preparação da categoria para o fortalecimento da resistência, visto que os ataques à classe trabalhadora e os interesse do mercado, como a Reforma Administrativa, continuam no centro das ações do governo federal e deverão ser retomadas a qualquer momento.

Outras questões igualmente relevantes para a organização dessa resistência estarão em debate na plenária, dentre as quais a possibilidade de adiamento do 24º Congresso da Fasubra e a prorrogação do mandato da atual equipe dirigente da Federação.


Trabalho presencial só após vacinação contra o Coronavírus

Os presentes na assembleia também ratificaram, após debate, a deliberação dos últimos encaminhamentos quanto a modalidade de exercício laboral à distância, enquanto durar a pandemia do Coronavírus. Direção e base sindical convergiram em aprovar uma responsável política de prevenção e auto preservação, como formas de se combater a disseminação infecciosa. Foi apontada a ocorrência da pressão de várias chefias, quanto a suposta necessidade da atuação presencial dos técnicos e técnicas nos locais de trabalho, dentro dos campus Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru, mesmo para aquelas atividades que não caracterizam essencialidade.

A categoria pondera que qualquer movimento administrativo da Universidade, de volta à jornada presencial, mesmo que supostamente híbrido, estará pondo homens e mulheres que constroem a UFPE todos os dias em um risco desnecessário, que em nada ajudará na batalha contra a pandemia. Na busca para evitar esses riscos, a política sindical continua sendo a de retorno aos postos nos prédios da instituição, só depois de uma campanha nacional de imunização, com evidências da segurança epidemiológica em ambientes públicos.

Para combater as pressões administrativas e possíveis assédios morais no quadro laboral, a direção do sindicato ficou incumbida de montar um Grupo de Trabalho para fortalecer as ferramentas de comunicação da categoria, visando promover uma campanha que tenha como tema “Trabalho presencial, só depois da vacina!”.