31 março, 2022

1964: um ano marcado como um duro golpe para os trabalhadores brasileiros


Este ano, o Golpe Civil-empresarial-militar de 1964 completa 58 anos

É preciso lembrar que, anos antes do Golpe, a classe trabalhadora brasileira demonstrava cada vez mais força e capacidade de organização. A classe dos explorados se encontrava em um estágio de desenvolvimento enquanto tal.

O seu crescimento numérico, o aumento da sindicalização e das greves que envolveram centenas de milhares em 1953, 1957 e 1963, além da ofensiva pela conquista de um Abono Natalino (o atual 13° Salário) foram as principais expressões deste fortalecimento dos trabalhadores enquanto classe.

De forma retrospectiva, podemos compreender a movimentação política daquele ano da burguesia e militares brasileiros, em parceria com o imperialismo estadunidense, como sendo preventiva ao que poderia se tornar o Brasil a partir do fortalecimento dos trabalhadores, como bem sinaliza Fábio José de Queiroz, em "1964, o Dezoito de Brumário da Burguesia Brasileira".

Não à toa, foram os trabalhadores enquanto classe o principal alvo político deste embate. O fim do direito à estabilidade no emprego, trocado pelo mero fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), a imposição de um arrocho salarial, combinado com a desarticulação e proibição da existência de entidades sindicais autônomas, cassação dos partidos de esquerda, junto com a prisão, tortura, exílio e assassinato de seus militantes ou simpatizantes são a principal demonstração do que o golpe visava atingir, conter e destruir.

A BURGUESIA BRASILEIRA SENTIU MEDO E REAGIU COM RAIVA AO SEU TEMOR

Por isso, passados 58 anos da data que iniciou esse período reacionário da história nacional, precisamos, enquanto trabalhadores, reforçar esta compreensão do porquê e contra quem este golpe ocorreu. É fundamental tomarmos lições importantes desta derrota de nossa classe para sabermos como nos prevenir e reagir ao comportamento daqueles que continuam a dirigir a sociedade brasileira com a sua visão mesquinha e exploradora do trabalho alheio.

Recordar para não se repetir! Ditadura civil-empresarial-militar nunca mais!