07 outubro, 2015

Moção de Repúdio à Politica de Segurança Orquestrada pela Reitoria da UFPE

Um dos pontos de pauta interna da greve dos Técnico-Administrativos da UFPE é a homologação do Novo do Estatuto aprovado no Congresso Estatuinte. Após diversos atos de pressões sob a Administração o Vice-Reitor Prof. Sílvio Romero firmou compromisso com os técnicos de que a realização do Conselho Universitário que teria como pauta o Novo Estatuto da UFPE seria até o dia 29 de setembro. Na respectiva data nada foi convocada pelo Reitor Anísio Brasileiro, mas a ação incisiva do movimento arrancou nova data para o dia 02 outubro, quando o Reitor convocou o Conselho Universitário tendo como pauta: Apresentação do Novo Estatuto da UFPE.

O que era para ser uma simples reunião de apresentação foi transformado pelas ações do Reitor num palco de guerra, a comunidade universitária foi impedida de acessar o recinto da reunião, através de uma ação truculenta representada por um paredão formado pela Segurança Universitária que foi utilizada inapropriadamente como segurança particular barrando a presença dos estudantes e técnicos na sessão, negando o diálogo como eficaz instrumento de construção democrática.


Nós Técnico-Administrativos repudiamos a ação golpista da Administração da UFPE em não homologar o Novo Estatuto aprovado no Congresso Estatuinte, o qual foi discutido e elaborado de forma paritária pelos três segmentos da comunidade universitária (Docentes, Técnicos e Estudantes). O texto final do Novo Estatuto traz avanços na gestão democrática estabelecendo a participação paritária dos três segmentos nos Conselhos, inclusive no Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação dentro da universidade.

A atitude do Reitor de criar comissões internas dentro do Conselho Universitário é o golpe final contra os delegados estatuintes e em toda comunidade universitária que os elegeu, é na prática a implantação de “Reforma Estatutária”, sendo a negação de mais uma promessa de campanha do Reitor Anísio Brasileiro. Também repudiamos a forma como a Administração se utiliza da Segurança Patrimonial, como segurança particular do Reitor para debelar manifestações legítimas dos Estudantes e Técnicos, como mais um organismo repressor do “estado paralelo” criado para manter o posicionamento político conservador da atual Administração.

A Superintendência da Segurança Institucional nos últimos anos tratou de implementar um processo de disciplina militar e instiga o processo ideológico, através de práticas questionáveis como o registro de imagens dos manifestantes típico do vencido Regime da Ditatura Militar.

Somos totalmente contrários às orientações da utilização da máquina pública e seus agentes patrimoniais como instrumento repressor dos movimentos sociais, denunciamos a prática de tortura psicológica quando durante o período da ocupação da Reitoria por Estudantes, houve sirenes e luzes durante toda a noite, corte de energia e água, bloqueio de acesso ao prédio, tratando os estudantes como terroristas. Exigimos respeito aos movimentos dos estudantes, a pauta deles é a mesma nossa, todos na luta contra o golpe ao Novo Estatuto.



*Moção de repúdio aprovada em Assembleia da categoria do dia 06/10