08 outubro, 2015

UFPE opta por força ao invés do diálogo pra desocupar a Reitoria

Nesta quinta (08) um episódio lamentável de violência foi vivenciado na UFPE. Após 7 dias de ocupação os estudantes que pediam a Homologação do Novo Estatuto da UFPE aprovado no congresso estatuinte, foram retirados a força da Reitoria.

A medida, incompatível com o ambiente universitário, foi tomada sob a alegação de que as tentativas de negociação estavam esgotadas. É bom lembrar que a Reitoria não demonstrou estar disposta ao diálogo.

SEXTA (02) - ainda no primeiro dia de ocupação a luz do prédio foi cortada.

SEGUNDA (05) -  o Sintufepe-UFPE entrou em contato por telefone com a gestão nas pessoas de Paulo Santana e Ana Cabral, a fim de entrar no prédio para se reunir com os estudantes, entretanto não obtivemos autorização.

TERÇA (06) - sabendo de uma Reunião do Conselho Universitário chamada as pressas que discutiria a ocupação, técnicos e estudantes se dirigiram ao CTG para participar da reunião. Cientes da presença dos estudantes, conselheiros se recusaram a subir à sala onde aconteceria o CONSUNI para que não houvesse quórum. No mesmo dia, o deputado estadual Edilson Silva do PSOL, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, precisou pular as grades da Reitoria para visitar a ocupação e dialogar com os estudantes.

QUARTA (07) - ao mesmo tempo que o Reitor Anísio Brasileiro se reunia com o Deputado Edilson, a Comissão de Direitos Humanos da UFPE, representadas pela Professora Maria José Luna e pelo Professor Marcelo Pelizzoli obtiveram permissão de entrar no prédio e tomaram conhecimento da pauta dos estudantes e das queixas de violência psicológica que estavam sofrendo. Na mesma noite a Comissão encontrou com o Magnífico Reitor e expôs a disponibilidade do grupo em negociar.

QUINTA (08) - a polícia federal e militar são convocadas para desocupar a reitoria e cenas de violência são vivenciadas e amplamente divulgadas nas mídias.






Confira a carta à comunidade da Comissão de Direitos Humanos da UFPE sobre o episódio.