20 julho, 2017

25 de julho e Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

Mulheres pretas têm história!

 A partir de 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, com a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas foi criada a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e definiu-se o dia 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. Aqui no Brasil o dia 25 de julho é também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. 

Quem foi Tereza de Benguela 

Tereza de Benguela é considerada uma grande guerreira mato-grossense e símbolo da resistência negra no Brasil colonial. Uma liderança quilombola que viveu no século XVIII, companheira de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso. 

Quando José Piolho morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola e liderou levantes de negros e índios em busca da liberdade revelando-se uma grande líder. 
Apesar da pouca representatividade na história oficial do país, Tereza é comparada ao líder negro Zumbi dos Palmares, a “Rainha do Pantanal” do período colonial. Sobreviveu até 1770 e não se sabe ao certo como morreu, mas morreu lutando. 

Por que lutamos!

Há uma compreensão histórica de que o sistema escravista deixou resquícios nefastos para os negros e as negras da classe trabalhadora até os dias de hoje, seja na manutenção da população negra nas condições sociais mais pauperizadas e nos postos de trabalho de maior exploração e precarização, seja na reprodução da ideologia do mito da democracia racial, que faz com que a sociedade brasileira, incluindo dirigentes sindicais e movimentos sociais, não considere as diferenças estabelecidas entre negros e não negros no cotidiano.

No caso das mulheres negras, a situação é ainda pior, pois a combinação do machismo e do racismo impõe um grau de opressão e exploração absurdo.  É necessário avançar na organização de um programa na qual as mulheres negras tenham voz e possam se sentir representadas. As mulheres mostram e vão seguir mostrando seu verdadeiro valor é nas ruas, derrotando esse governo e suas reformas, assim como todos os seus aliados.

Coordenação de Mulheres do SINTUFEPE/SS-UFPE