04 julho, 2017

UFPE: Isonomia, ninguém vê por aqui

A greve dos trabalhadores rodoviários na Região Metropolitana do Recife entra no segundo dia. Atinge de igual maneira todos os trabalhadores que utilizam transporte público no Grande Recife, a dificuldade gerada pela greve é proporcionalmente menor que o sentimento de solidariedade com a mobilização desta categoria que busca valorização e respeito.

Em virtude do cenário de limitação no deslocamento público, no primeiro dia de greve a administração da Universidade Federal de Pernambuco, considerou por meio de nota a relevância de suspender as atividades acadêmicas e administrativas do Campus Recife, porém, o mesmo não se viu neste segundo dia em que as dificuldades permanecem as mesmas, mas por meio de nota a reitoria resolveu desconsiderar a sobriedade do dia anterior e agora destaca apenas a suspensão das aulas, retomando as tarefas administrativas, leiam-se, Técnicos Administrativos em Educação.

A dificuldade de deslocamento no Grande Recife é óbvia, seja para o estudante, professor ou técnico, mas para o reitorado de Anísio e Flor, o tratamento é desigual, na medida em que não veem problemas em penalizar aos técnicos diante das dificuldades no translado casa-trabalho-casa. Isonomia nas relações institucionais da UFPE pode ter cheiro, mas não tem sabor.