Ficou evidente entre os que participaram da reunião entre
técnicos e reitoria na manhã de hoje (27), na sede da administração central da
UFPE, que os argumentos defendidos pelos técnicos, tiveram respaldo o suficiente
para mudar os rumos da negociação estabelecia entre as partes. Tanto
juridicamente quanto politicamente, a bancada sindical contra argumentou os
dados sustentados pelo reitor Anísio Brasileiro e a Pró-reitora de Gestão de
Pessoas, Sônia Medeiros. Para a bancada da administração não houve alternativa que
não, apelar para a truculência ao afirmar que a definição pela manutenção da instalação
do ponto eletrônico para o próximo dia 2 de abril, seria uma definição da
administração universitária.
A verdade veio à tona quando a Pró-reitora expôs como se deu
durante auditoria realizada pela Controladoria Geral da União, a posição do
reitorado da UFPE sobre a verificação de frequência dos funcionários, "Durante auditoria
realizada por estes órgãos na Universidade, a administração pautou-se pelo
controle eletrônico de assiduidade, sendo agora cobrados pela implantação".
Durante a auditoria, a reitoria confirmou que a iniciativa da inclusão do
Ponto Eletrônico foi da administração da UFPE e não da CGU.
Não
é a Lei que cobra a administração pela aplicação do ponto, é uma prerrogativa
admitida pelo reitorado Anísio Brasileiro diante da CGU, que sentencia apenas
aos trabalhadores Técnico-administrativos a ofensiva burocrática de uma
metodologia de aferição de frequência que não mede em nada a qualidade e a
produtividade profissional destes trabalhadores.
A partir dai não houve argumento, por mais equilibrado que se fizesse uso, para ajustar a postura da administração diante de um imbróglio que eles mesmos criaram. A intransigência se impôs contra os argumentos. Findada a reunião, os técnicos se reuniram novamente e deliberaram pela manutenção do ato do dia 2 de abril, às 8h, com carárer de assembleia, para pautar como se dará a luta a partir de agora. Definiram ainda pela continuidade do abaixo assinado contra a biometria e o ponto eletrônico, que apenas em 2 dias já recolheu mais de 500 assinaturas.