Os ataques ultraliberais do governo Bolsonaro parecem não ter limites. Continuam destruindo em tempo recorde os direitos sociais e trabalhistas, reduzindo drasticamente os recursos em áreas fundamentais, como educação e saúde, além da entrega humilhante do patrimônio mineral e energético, da infraestrutura do país e de outros setores estratégicos. Denunciamos também a grave ameaça das políticas federais ao meio ambiente, aos povos indígenas e quilombolas. Tudo isso vem ocorrendo em meio aos abalos da pandemia mundial da covid-19, que ganhou contornos trágicos e catastróficos no Brasil.
A privatização arrasadora das empresas públicas e todo o desmonte das instituições e do serviço público precisam ser contestadas pelo povo brasileiro, pois isso significa uma verdadeira destruição da soberania nacional e deixa uma herança de destroços para a sociedade, para a juventude e para as futuras gerações. É preciso impedir o avanço desse projeto que já está causando estragos profundos na economia, na geração de empregos, na democracia e no bem estar social, aumentando ainda mais as perversas desigualdade e a violência social, que são marcantes na história do nosso país.
É nesse contexto que surge a ameaça de privatização dos Correios, empresa pública autossustentável e superavitária, que o governo quer entregar ao setor privado, causando uma série de retrocessos para toda a sociedade brasileira, incluindo mais de 100 mil trabalhadores(as). Ressaltamos a qualidade do importantíssimo serviço que prestam à toda a população, seja nos grandes centros urbanos, seja nos mais distantes municípios desse país continental. Como empresa pública de alta relevância, os Correios correm o risco de serem engolidos pelo mercado financeiro que visa apenas o lucro imediato, sem compromisso com o importante papel de regulação, equilíbrio e distribuição dos serviços postais por todo o território, independente do retorno econômico que a instalação de uma agência postal tenha em um município, por menor que seja.
Para barrar essa declarada intenção de destruir as empresas e o patrimônio público é que a greve dos(as) trabalhadores(as) dos Correios se coloca de forma firme e necessária, reunindo os esforços em diferentes frentes de luta. Devemos ser solidários com esse movimento para impedir mais esse ataque que fere os interesses do Brasil enquanto nação soberana, servida por instrumentos de um Estado forte e socialmente comprometido. Cabe a todos nós, classe trabalhadora, e à nossa categoria de técnico-administrativos, em particular, apoiar os/as companheiros(as) da ECT nessa luta que também é nossa. Expressamos assim a nossa solidariedade aos companheiros(as) dos Correios e nos colocamos à disposição para apoiar essa greve da mais alta importância nessa conjuntura dramática!
Não à privatização dos Correios!
Pela defesa das empresas públicas estatais!
Sintufepe UFPE
Em defesa da educação, da saúde e do serviço público!