07 abril, 2024

Trabalhadores e trabalhadoras da UFPE em greve entendem que essencial é não ter assédio moral


A Câmara de debates sobre relações de trabalhos e essencialidade na greve

O Debate que o Comando Local de Greve (CLG), representado pela Comissão de Essencialidade, realiza com Administração Central da UFPE não é para ser instrumento limitador de espaços do movimento paredista. O objetivo desse diálogo é criar diretrizes comuns que eliminem e/ou mitiguem os conflitos que a circunstância de luta de classes estabelece no cotidiano em todos os espaços da UFPE.

Assim, não estamos almejando um texto da gestão que limite o nosso direito de greve!

O diálogo com a Gestão deve ir na direção do estabelecimento de padrões de convivência neste período de excepcionalidade. Nosso interesse é pautado na clareza dos papéis de cada servidor(a) grevista diante do que efetivamente se caracteriza como atividade essencial na Universidade.

Portanto, continuamos com a palavra de ordem: Greve geral! O Comando define o que é essencial! 

Diante disso, a Comissão de Essencialidade elaborou as Diretrizes referentes aos serviços essenciais durante a greve (https://sintufepessufpe.blogspot.com/2024/04/confira-as-diretrizes-da-comissao-de.html). É fundamental que os servidores(as) se apropriem dessas orientações oportunas.

Ofício da EBSERH  sobre os RJUs é ilegal!

O Ofício-Circular - SEI nº2/2024/SUP/HC-UFPE-EBSERH que estabelece percentuais de 70% da força de trabalho de RJUs por setor e 100% nos serviços listados como essenciais é desprovido de qualquer ordenamento jurídico e legalidade. Este ofício é, em forma e conteúdo, um instrumento de assédio por parte da EBSERH a fim de estancar o ímpeto da greve.

Atualmente, os Trabalhadoras e Trabalhadores do RJU corresponde 43% da força de trabalho e os Celetistas da EBSERH são 57%. O ofício em xeque é tão somente um instrumento para orientar à pressão para as chefias dos setores oprimirem os RJU, os  impelindo a não aderirem a greve.

O que queremos dizer com isso? Ofício é um instrumento nefasto e de assédio institucional! E não custa lembrar que a responsabilidade pela gestão da EBSERH é do reitorado Alfredo&Moa que indica a Superintendência.

O CLG não tolerará quaisquer imposições da EBSERH!

Em reunião do CLG no Hospital das Clínicas, aprovamos  que a greve deve ser encaminhada pelas seguinte diretrizes: 

a) Serviços eletivos vão fechar; 

b) Serviços que possuem no mínimo 30% de trabalhadores EBSERH, 100% dos servidores RJU aderem à greve; 

c) Serviços considerados essenciais por serem inadiáveis necessitam de um diagnóstico. 

Reforçamos que é a assembleia quem delibera pelos encaminhamentos da greve e enfrentamento dos gargalos impostos pela Gestão !

A agenda da semana de 08 a 12 de abril será marcada pelo retorno das atividades na tenda como ponto de encontro para a partida de equipes destinadas às visitas aos setores, além do alinhamento estratégico de outras ações correlatas. Por exemplo, fortalecer a greve no HC, NRTV, CIn, STI, Biblioteca Central e Setoriais, bem como outros setores que solicitaram ajuda do CLG para sensibilização e adesão.

Ademais, o CLG tem a tarefa de preparar a categoria  para a luta contra o reinício das atividades acadêmicas prevista para o dia 15 de abril. Nesse sentido, reforçamos que é fundamental a suspensão de quaisquer atividades de matrículas para 2024.1.

Ato contra o assédio moral na UFPE e por Gestão Democrática

Dia 11 de abril o MEC receberá o Comando Nacional de greve (CNG-FASUBRA-Sindical) para discutir pontos dos eixos gerais da pauta, aqueles que não implicam em questões orçamentárias.

O CLG convoca toda categoria de servidores e servidoras ativos(as) e aposentados(as) para um Ato na Reitoria da UFPE a fim de denunciar as práticas opressivas contra o legítimo direito de greve e exigir mudanças no Estatuto da UFPE pela implementação de uma Gestão Democrática, com conselhos e eleições paritários (33,33% para cada segmento: docentes, discentes e TAES), principalmente para a consulta ao Reitorado.

Neste dia, iniciaremos as atividades às 08:00 com visitas aos setores da Reitoria que ainda não aderiram à greve. Também, cobraremos a chamada para reunião do Conselho Universitário e que esta tenha como pauta o apoio ao movimento paredista por meio da emissão  de nota de apoio.

Sintufepe-Federal avançando na luta e protagonizando uma greve unida, sólida e combativa na UFPE!