Em meio
a ataques nos direitos históricos da classe trabalhadora, de um lado pelo Poder
Executivo com as Medidas Provisórias 664 e 665 e do outro pelo Poder Legislativo,
com a aprovação na Câmara de Deputados, do Projeto de Lei 4330/04, cabe a cada
trabalhador questionar-se o que fazer neste 1º de maio, Dia Internacional do
Trabalhador. Para uns tantos esse será um momento de descanso, já pra outros
será um dia de reflexão e luta.
Não à
toa, pois em uma conjuntura de crise os patrões dão os braços aos governos,
visando jogar nas costas dos trabalhadores a conta, para garantir a alta margem
no lucro de seus negócios. Aí se vê tarifaço (aumento nas contas de luz, água,
transporte público, gás, produtos da cesta básica), ataque em direitos trabalhistas
e demissões.
Neste 1°
de Maio o que o governo federal reserva ao povo trabalhador é um forte ajuste
fiscal, que corta recursos públicos em setores estratégicos do país em
detrimento dos compromissos com o superávit primário. A prioridade é o interesse
dos banqueiros e dos patrões, frente ao arrocho, baixos salários e ameaça
constante de demissões. Para o serviço público, é o achatamento e congelamento
salarial e mudança na legislação trabalhista, com vistas à flexibilização e
perda da estabilidade.