28 de abril e 1° de maio deram uma sinalização para os
próximos meses de que os ataques contra os direitos trabalhistas e a
aposentadoria, aplicados pelo governo Temer não serão recebidos sem reação da
classe trabalhadora. Uma reação que tem tudo para ser forte ao ponto de virar o
jogo. Recife apresentou para o Brasil uma das maiores manifestações desta última
sexta-feira, nas ruas estavam mais de 200 mil pessoas e entre elas muitos técnicos
administrativos da UFPE que se encontraram, se confraternizaram e se espelhavam
na coragem de saber que estavam fazendo história.
A greve geral do dia 28, já considerada a maior da história
do país, paralisou 40 milhões de trabalhadores e desnudou a farsa dos políticos
que afirmavam que o trabalhador brasileiro quer as reformas. Muito pelo
contrário. O trabalhador quer é salário digno, trabalho digno, qualidade de
vida, seja enquanto estiver na ativa ou na aposentadoria, tudo o que a reforma
trabalhista e da previdência quer de fato retirar e evitar que aconteça.
Diferente do que alguns afirmaram, de que a greve geral
serviria apenas para prolongar o feriadão, o 1° de maio, na segunda-feira,
mostrou que a disposição de luta dos trabalhadores vai bem além das provocações
alheias. E lá estavam nas ruas do Recife mais uma vez integrantes da categoria,
de braços dados com demais trabalhadores celebrando um Dia do Trabalhador de
luta, pondo a “cara no sol” e gritando bem alto, “Nenhum direito a Menos!”.