Chamada para a concentração na reitoria da UFPE o #2A,
como ficou conhecido nacionalmente este dia de paralisações nas universidades
federais, orientado pela Fasubra, protestou contra o contingenciamento
orçamentário do governo federal para o setor, que chegam a 10% nas despesas de
custeios e 30% de remessa de capital. Situação que tem piorado ainda mais a
crise financeira das Ifes, que repercute desde o abandono de projetos de
expansão, até o cancelamento dos semestres letivos.
Essa crise pode ser vista de perto, com a falta de material de
expediente, água para consumo dos funcionários, precarização dos serviços do
Hospital das Clínicas, o abandono do Centro de Convenções Universitário, a
sistemática crise no pagamento salarial dos trabalhadores terceirizados e
tantos outros dramas cotidianos, que não dá para ser vistos do “outro lado da
BR101”. Pois a preocupação exclusiva do Reitorado Anísio/Flor é em aperfeiçoar
o açoite do chicote, através da mecanização da assiduidade dos técnicos
administrativos.
E aqui se vê onde a pauta nacional em defesa dos orçamentos das Ifes
converge com a pauta local. O debate interno que deve ser priorizado nos campis
da UFPE deve ser o de aperfeiçoamento das relações de trabalho, e aqui se trata
da pauta das 30 horas, que deve ser estendida para todos os técnicos
administrativos. O Sintufepe-UFPE já requereu reiteradas vezes uma abertura de
diálogo, mas o que tem recebido é o silêncio por parte da administração.
Hoje os técnicos marcaram presença novamente no gabinete do reitor, para
requerer essa conversa e foram recebidos com a fria marcação de uma agenda para
a próxima quarta-feira (9). Onde novamente será realizado novo ato, com o
objetivo de questionar o reitor Anísio Brasileiro quando ele irá começar a
cumprir suas promessas de campanha para reitor da UFPE, ao se manifestar “conceitualmente
contra o ponto eletrônico” e favorável a implantação dos turnos contínuos na
instituição.