24 setembro, 2017

NOTA DE REPUDIO DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DA UFPE

Os Técnico-Administrativos em Educação, na Assembleia do dia 21 de setembro de 2017, REPUDIAM:

 O pronunciamento da Pró-Reitora de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (PROGEPE-UFPE), veiculada através da Assessoria de Comunicação da UPFE (ASCOM), na última quarta-feira, dia 20 de setembro de 2017.

Esclarecemos que a Comissão de representantes dos técnicos administrativos da UFPE foi convidada pelo Ouvidor Geral da UFPE, Prof. Ivan Melo, a uma segunda Reunião, ocorrida no dia 15 de setembro 2017, para tratar da “Estruturação da Audiência Pública” com o Reitor.

Nessa reunião estava presente a Pró-Reitora Sônia Medeiros (PROGEPE) que apresentou uma Minuta de Critérios para o funcionamento do Ponto Eletrônico, para o fim de analisarmos e discutirmos a referida Minuta.

Diante desse fato, a Comissão não aceitou tratar sobre a Minuta, uma vez que a nossa Categoria deliberou, em várias Assembleias, pela não aceitação ao Ponto Eletrônico como forma de aferição de assiduidade e frequência e, também, entendemos que houve uma drástica mudança da pauta proposta. Reafirmamos: a reunião foi convocada para tratar de “Estruturação da Audiência Pública” sobre controle de frequência, conforme a imagem 01.

Entendemos que ao modificar a pauta da reunião e apresentar a minuta que regulamenta o funcionamento do ponto eletrônico, a Reitoria, “cordialmente”, convida a nossa categoria a não só aceitar de bom grado a instituição autoritária do ponto eletrônico, como decidir sua forma de funcionamento, na tentativa de usar a Comissão para implementar os objetivos da gestão e não o da Categoria dos Técnico-Administrativos da UFPE.

É importante lembrar que o mesmo procedimento foi feito quando da implementação das 30 horas: ao longo de 14 reuniões, negociamos uma minuta a respeito dos turnos contínuos e, em cima da hora, a reitoria marcou um Conselho de Administração que apresentou e aprovou a Resolução 02/2014, com a adição de uma cláusula que limita o controle de frequência ao ponto eletrônico.

Este debate NUNCA TEVEACORDO com a nossa bancada. Desse modo, a Resolução 02/2014 foi aprovada de forma autoritária e que desconsiderou todo o debate até então estabelecido com a gestão. Desse modo, eles romperam o suposto diálogo.

A própria Sônia Medeiros, Pró-reitora, disse que a atual pressão da CGU sobre a UFPE é consequência dessa Resolução 02/2014, pois, a partir do momento em que foi aprovado o controle eletrônico de frequência para os Técnicos, a Universidade é obrigada a implementá-lo.

Ora, a PROGEPE se utiliza do discurso de uma pressão externa (CGU/MPU) para justificar a imposição do ponto eletrônico como forma de controle de frequência, quando, na verdade, é vontade política da Gestão automatizar a atividade dos técnico-administrativos.

O ponto eletrônico, plantado dentro da Resolução 02/2014, foi uma armadilha da gestão que está tentando fazer o mesmo com essa Minuta. Não aceitamos essa encruzilhada política.

Enquanto categoria não nos recusamos ao diálogo. Recusamo-nos a colocar a corda no nosso pescoço e auxiliar a gestão a escolher a melhor forma de nos robotizar. A atividade dos técnicos não será beneficiada com o ponto eletrônico. Os problemas de gestão que deveriam ser resolvidos pelas chefias continuarão sem solução. O que teremos é um contexto de assédio moral sobre a categoria e a escolha de uma gestão impessoal e incoerente com os objetivos de formação humana que, acreditamos, uma universidade pública deveria ter.


Não ao ponto eletrônico!