A redução da jornada de trabalho é uma das importantes
bandeiras de luta de toda a classe trabalhadora. No âmbito das pautas dos
Técnico-Administrativos em Educação, a luta pela jornada de 30 horas é uma
bandeira histórica da FASUBRA.
A
flexibilização da jornada de trabalho é boa para a sociedade, para o serviço
público e para os servidores. Podemos elencar vários pontos positivos, tais
como: extensão do atendimento favorecendo o turno noturno; a abertura dos
setores no horário de almoço; maior celeridade na acolhida e encaminhamento das
demandas dos setores; melhora da qualidade de vida do(a) servidor(a), dentre
outros pontos. Cabe aqui destacar que, devido à expansão universitária, o
aumento de vagas, a abertura de novos cursos, e ainda o aumento dos cursos
noturnos, a jornada flexibilizada abarca um setor que sempre foi negligenciado,
já que as 40 horas de
jornada é direcionada para uma universidade diurna.
A
delicada conjuntura pela qual estamos passando nos impõe a necessidade urgente
de uma unidade política em torno de nossas pautas. Somos todos uma só
categoria, independente de estarmos lotados no campus ou na Administração
Central.
O
cenário de recrudescimento da repressão contra as liberdades individuais e o
pensamento crítico, apontados para o horizonte com a posse do próximo governo,
asfalta caminho para o avanço de uma onda intervencionista sobre as
universidades. A Instrução Normativa 02 da Secretaria de Gestão de Pessoas do
Ministério do Planejamento é um exemplo disso, pois ataca frontalmente a
autonomia universitária e o Regime Jurídico Único.
Nadando
nessa onda, sem o menor pudor, a gestão Anísio & Flor submete a lei e as
prerrogativas de suas funções, já sinalizando uma “adequação” ao novo governo
que visa eliminar ao máximo possível o serviço público e as políticas sociais.
A
famigerada Instrução Normativa 02/2018 do Ministério do Planejamento não pode
ser tomada como um pêndulo para as universidades públicas organizarem a
política de pessoal pois, além de juridicamente repleta de lacunas e
questionamentos, ela desrespeita frontalmente a autonomia administrativa
universitária e se constitui em mais um movimento de privatização paulatina das
universidades públicas e do serviço público federal em geral.
A
imposição do ponto eletrônico e as dificuldades impostas pela gestão para
viabilizar a jornada flexibilizada demonstra a cara de uma administração pouco
sensível ao aprofundamento democrático, especialmente no que tange a nossa
categoria. O reitor precisa entender que a categoria dos técnico-administrativos
deve ser ouvida com seriedade e incluída nos espaços de decisão da nossa
universidade. Não podemos aceitar essa postura autoritária que rebate
diretamente na concepção de universidade pública que defendemos e nas nossas
vidas enquanto servidores(as) da UFPE.
TODOS E TODAS À REITORIA - QUARTA-FEIRA (19) - 8 HORAS