18 julho, 2019

Não é “FUTURE-SE”, é “VENDE-SE”


Com a ideia de “reestruturar o financiamento do ensino superior público no Brasil”, o Ministério da Educação anuncia o projeto “Future-se”, para abrir as portas das universidades públicas federais à busca de financiamento privado. A proposta consiste em implementar uma política de Parcerias Público-Privadas trocando “doações” ou “adoções”, em troca da cessão de prédios e a implementação de Organizações Sociais para contratação de serviços terceirizados.

A partir do “Future-se” as universidades não mais serão centros acadêmicos, observando os três pilares de sustentação para a formação cientifica (ensino, pesquisa e extensão), para destinar-se a ser meras captadoras de recursos, ficando nas mãos do mercado. O caráter público será desconsiderado em nome do interesse de quem irá passar a financiar as pesquisas. O projeto está em consulta popular, disponível até 7 de agosto, quando será encaminhado como projeto de Lei para o Congresso.

Mobilização

Sindicatos, Fasubra e movimento estudantil começam a se articular no que promete ser uma dura batalha em defesa da Universidade autônima, pública e socialmente referendada. Para isso a mobilização da construção de uma Greve Nacional da Educação, no dia 13 de Agosto é tão importante. Apenas um movimento popular poderoso, como foram as manifestações nacionais em defesa do orçamento das universidades, para colocar o governo contra a parede é que poderá barrar o avanço dessa proposta que visa por uma placa de “vende-se” nas Instituições Federais de Ensino Superior.