19 agosto, 2020

Em defesa dos Correios e da vida; contra a privatização e o Coronavírus. É greve nos Correios!

Desde às 22h da segunda-feira (17) os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) em todo Brasil deflagraram uma greve por tempo indeterminado. A paralisação luta contra a privatização da estatal e a “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia. Trabalhadores também pedem que direitos sejam garantidos.

De acordo com a categoria, desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios por melhores condições de trabalho durante a pandemia, visto por ter o serviço postal um caráter essencial, a operação não poderia ser paralisada. Mas, pelo contrário, tanto não houve diálogo, quanto os trabalhadores foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que estaria em vigência até 2021.

O novo ACT apresentado pela empresa retira o direito pelos 30% do adicional de risco; auxilio creche; auxílio para funcionários com filhos portadores de necessidades especiais; pagamento de horas extras; licença maternidade de 180 dias e outras cláusulas que somam 70 alterações, sem qualquer acordo com as federações e sindicatos.

A greve que assume um caráter nacional atinge mais de 100 mil trabalhadores, que desempenham um papel estratégico no país, com serviços de empregas de correspondência e encomendas que cobre todo o território nacional. Em 2019 os Correios geraram uma receita de R$ 102,1 milhões para os cofres públicos, o que lhe confirma como uma empresa pública valorizada e que deve ser defendida enquanto patrimônio do povo brasileiro.