Um
momento histórico. É assim que pode se definir o debate ocorrido na manhã do
dia 26, no Anfiteatro 1 do Hospital das Clínicas. Organizado pelo SINTUFEPE em conjunto com as entidades
estudantis, a ADUFEPE e a Reitoria da UFPE, o debate EBSERH e as implicações no Hospital das Clínicas, trouxe a
comunidade acadêmica uma profunda reflexão sobre as consequências da
implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, no conjunto dos
Hospitais Universitários e em particular à UFPE, no HC.
De
um lado, o jurista Francisco Barros, Juiz federal, Professor de Ciências Jurídicas
da UFPE e membro do Conselho Universitário. Do outro, Luciene Pereira, Presidente
da ANTC (Associação Nacional de Técnicos de Controle Externo do TCU). No centro
do debate, gestão, governança, autonomia e processo democrático na condução
pública do HC. Um debate que deixou lotado o auditório, com as mais amplas representações
da universidade.
Os
argumentos, tanto de um lado quanto do outro reforçaram o sentimento da
necessidade da
comunidade acadêmica defender o Hospital das Clínicas quanto um
hospital público, radicalmente vinculado a UFPE e obedecendo aos pressupostos
de sua existência, que é a preparação dos futuros médicos pernambucanos, a
pesquisa médica e a assistência pública de saúde. Mesmo as fundamentações simpáticas
à EBSERH, elaboradas pelo Jurista, guardavam várias resalvas, “As minutas de
contrato analisadas até hoje, demonstram uma exposição dos hospitais
universitários a riscos futuros”, pondera o Juiz Francisco.
Já Luciene
confirma categoricamente as implicações de viés privatista trazidas pela
EBSERH.
Ouça aqui a
opinião da Presidente da ANTC, na Rádio SINTUFEPE.