Servidores do Hospital das Clínicas paralisaram mais uma vez
suas atividades, no dia 8 de maio, questionando a reitoria da UFPE, quanto à
solução do impasse administrativo que vive o hospital. Do total de 1.600
funcionários, apenas 30% do efetivo assumiram o serviço, ficando os demais
trabalhadores mobilizados na frente do prédio. As reivindicações da categoria
mantêm-se firmes: Implantação da carga horária de 30 horas, pela não
contratação da Empresa de Serviços Hospitalares, no HC e a destituição da atual
gestão do hospital, para realização de eleição direta um novo diretor do hospital.
Apesar
da onda de boatos disseminados pela chefia, de que a implantação da Ebserh já é
fato consumado, o Sintufepe alerta os trabalhadores de que a luta não acabou e
que não há nada concretizado. A implantação dessa empresa só será possível se
os servidores permitirem, pois o contrato não foi assinado.
O
debate sobre Ebserh é balizador quanto às outras duas pautas de reivindicação.
Uma vez a empresa instalada, a carga horária, que hoje é alvo de críticas pelos
trabalhadores, onde reivindicam a implantação de 30 horas semanais, no regime
da CLT, passará a ser de 40 horas. E quanto à democracia, visando à eleição de
um novo gestor no hospital, esta não será mais possível, visto que a
administração passará a ser feita por agentes externos ao HC e a própria
universidade.
Ao
final da manifestação, os diretores do Sintufepe foram informados de que a chefia
do hospital estaria realizando uma reunião, com o objetivo de advertir os trabalhadores
que estavam aderindo à paralisação. No instante da chegada do sindicato, os
gestores afirmaram que não iriam dialogar com a entidade sindical e cancelaram
a reunião. Contra essas ações, diretores sindicais advertem a categoria, que
não se deixem pressionar e denunciassem casos de assédio moral, vindas da
chefia.
Quanto à avaliação da paralisação, o dia de hoje teve maior adesão dos trabalhadores da UFPE. Diversos setores do campus os trabalhadores paralisaram parcialmente.
No HC o índice foi mais alto, mesmo com toda pressão de alguns chefes. Presentes ainda, técnicos da Biblioteca Central, CAC, CTG, CCB e Centro de Educação. A luta ganhar corpo em toda a UFPE.
A categoria começa a incorporar a pauta: Contra Ebserh, 30 horas para todos e Gestão democrática com eleições diretas para os órgãos suplementares.
Esse
debate ganha corpo nacionalmente e já se fala em greve geral nos hospitais universitários, contra a Ebserh.