08 maio, 2013

Mais um dia de luta marca a defesa de um HC 100% SUS


Servidores do Hospital das Clínicas paralisaram mais uma vez suas atividades, no dia 8 de maio, questionando a reitoria da UFPE, quanto à solução do impasse administrativo que vive o hospital. Do total de 1.600 funcionários, apenas 30% do efetivo assumiram o serviço, ficando os demais trabalhadores mobilizados na frente do prédio. As reivindicações da categoria mantêm-se firmes: Implantação da carga horária de 30 horas, pela não contratação da Empresa de Serviços Hospitalares, no HC e a destituição da atual gestão do hospital, para realização de eleição direta um novo diretor do hospital.

Apesar da onda de boatos disseminados pela chefia, de que a implantação da Ebserh já é fato consumado, o Sintufepe alerta os trabalhadores de que a luta não acabou e que não há nada concretizado. A implantação dessa empresa só será possível se os servidores permitirem, pois o contrato não foi assinado.

O debate sobre Ebserh é balizador quanto às outras duas pautas de reivindicação. Uma vez a empresa instalada, a carga horária, que hoje é alvo de críticas pelos trabalhadores, onde reivindicam a implantação de 30 horas semanais, no regime da CLT, passará a ser de 40 horas. E quanto à democracia, visando à eleição de um novo gestor no hospital, esta não será mais possível, visto que a administração passará a ser feita por agentes externos ao HC e a própria universidade.

Ao final da manifestação, os diretores do Sintufepe foram informados de que a chefia do hospital estaria realizando uma reunião, com o objetivo de advertir os trabalhadores que estavam aderindo à paralisação. No instante da chegada do sindicato, os gestores afirmaram que não iriam dialogar com a entidade sindical e cancelaram a reunião. Contra essas ações, diretores sindicais advertem a categoria, que não se deixem pressionar e denunciassem casos de assédio moral, vindas da chefia.

Quanto à avaliação da paralisação, o dia de hoje teve maior adesão dos trabalhadores da UFPE.  Diversos setores do campus os trabalhadores paralisaram parcialmente.
No HC o índice foi mais alto, mesmo com toda pressão de alguns chefes. Presentes ainda, técnicos da Biblioteca Central, CAC, CTG, CCB e Centro de Educação. A luta ganhar corpo em toda a UFPE.
A categoria começa a incorporar a pauta: Contra Ebserh, 30 horas para todos e Gestão democrática com eleições diretas para os órgãos suplementares.

 
Esse debate ganha corpo nacionalmente e já se fala em greve geral  nos hospitais universitários, contra a Ebserh.