Na tarde dessa quinta-feira, Técnicos Administrativos do
campus da UFPE se reuniram no anfiteatro 1 do hospital universitário. Os
debates se deram sobre estratégias a serem adotadas para evitar a assinatura do
contrato ou até a anulação do contrato com a Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (Ebserh), que segundo o Reitor Anísio Brasileiro, pela imprensa,
será assinado nos próximos dias. A assembleia também contou com a presença da
assessoria jurídica do Sintufepe, que especificou as medidas que estão sendo
tomadas para invalidar a reunião do Conselho Universitário, que proclamou a
permissão pela assinatura do contrato.
A reunião foi bastante representativa, contando com a presença
da Fasubra, sindicatos e centrais sindicais. No plenário também compareceram
estudantes, principalmente que haviam sido despejados da ocupação da reitoria,
durante a madrugada. Parte das intervenções dos presentes se reservou a tratar da
ocupação que havia começado na segunda-feira. Sobre esse tema, o plenário
aprovou que o sindicato assumisse os custos da manutenção logística da
ocupação, alimentação e carro de som, basicamente. Também foi aprovada a
confecção de uma nota condenando a ação de despejo, promovida pela reitoria,
além do amparo jurídico com os advogados da entidade, para os citados na liminar
de reintegração de posse e outros que possam vir a responder judicialmente pela
ocupação.
Sobre o reforço das mobilizações contra a implantação da
Ebserh no HC, foi aprovado o inicio de mobilizações pela realização de uma
série de manifestações contrárias a assinatura do acordo, tanto quanto, em denúncia
pela maneira autoritária como o Reitor conduziu a aprovação da mudança no
modelo de gestão. Esta agendada para próxima terça-feira, às 16h, na sede do
Sintufepe, uma reunião ampla, com todos os atores, entidades e forças
políticas, internos e externos à UFPE, que desejam somar-se a defesa do
hospital, ante a privatização.
Segurança Patrimonial e Conselho Gestor do HC
Durante a assembleia ainda foi aprovada a construção de uma
nota de repudio as ações do Superintendente da Segurança Institucional da UFPE,
por estar usando de seus poderes para submeter à SSI em uma “milícia privada”
do Reitor. Não vem sendo incomum o uso dos agentes para reprimir movimentações
dos trabalhadores da universidade e não foi diferente na repressão aos
ocupantes da reitoria.
Momentos da mobilização, durante reunião do Conselho Universitário