16 outubro, 2017

Turnos Contínuos na UFPE: O MELHOR PARA TODOS!

           Com a ampliação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a partir do REUNI houve grande crescimento os cursos existentes e o surgimento de novos cursos, além da ampliação desses cursos para o horário noturno. Essa nova realidade exige o acompanhamento da estrutura funcional da UFPE para atender plenamente todos os turnos.



A luta dos técnico-administrativos fez com que a gestão do atual reitor reconhecesse a necessidade de disponibilizar seus serviços democraticamente nos três turnos e a partir disso, foi aprovada pelo Conselho de Administração da universidade a resolução 02/2014 que trata da flexibilização da jornada de trabalho de 30 horas semanais para os técnicos administrativos. Essa resolução criou a Comissão Geral de Flexibilização da Jornada de Trabalho, para regulamentar todos os procedimentos necessários para a implantação dos turnos contínuos.


Sem alegar os motivos, os trabalhos da Comissão Geral de Flexibilização de Jornada de Trabalho não prosperaram; enquanto isso fomos surpreendidos com a imposição do controle de frequência por meio de ponto eletrônico, muito embora a lei garanta outros mecanismos de aferição de assiduidade e frequência.

A escolha da gestão Anísio & Flor pelo ponto eletrônico, como forma de controle de assiduidade e frequência, somente para os técnico-administrativos que ocupam baixa posição na hierarquia organizacional, prova que há falta de isonomia entre os seus trabalhadores.


Não somos contra o controle de frequência, pois este controle já existe diariamente por meio legal. O que na intriga é que com a PEC 55, que leva as universidades a funcionar com drástico déficit orçamentário, a UFPE queira disponibilizar os seus parcos recursos com um investimento em monitoramento de trabalhadores. Pois, além de ter um alto custo de aquisição e manutenção, compromete ainda mais a disponibilidade de recursos a serem investidos em bolsas de estudo, salas de aula, insumos e reagentes para laboratórios, equipamentos, compras de livros, condicionadores de ar, para melhorias na estrutura e melhores condições de funcionamento da UFPE.

Por essas razões, a comunidade universitária também deve dizer NÃO, para que recursos gastos com o ponto eletrônico sejam direcionados para o efetivo e democrático desenvolvimento do Ensino, da Extensão e da Pesquisa na UFPE.

Diante da imposição da gestão Anísio & Flor, não restou alternativa aos técnicos se não deliberar, em assembleia, pela NÃO REALIZAÇÃO DA BIOMETRIA.

Técnicos Administrativos em Educação da UFPE