Com a ampliação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
a partir do REUNI houve grande crescimento os cursos existentes e o surgimento
de novos cursos, além da ampliação desses cursos para o horário noturno. Essa nova
realidade exige o acompanhamento da estrutura funcional da UFPE para atender
plenamente todos os turnos.
A luta dos
técnico-administrativos fez com que a gestão do atual reitor reconhecesse a
necessidade de disponibilizar seus serviços democraticamente nos três turnos e
a partir disso, foi aprovada pelo Conselho de Administração da universidade a resolução
02/2014 que trata da flexibilização da jornada de trabalho de 30 horas semanais
para os técnicos administrativos. Essa resolução criou a Comissão Geral de
Flexibilização da Jornada de Trabalho, para regulamentar todos os procedimentos
necessários para a implantação dos turnos contínuos.
Sem alegar os motivos, os
trabalhos da Comissão Geral de Flexibilização de Jornada de Trabalho não
prosperaram; enquanto isso fomos surpreendidos com a imposição do controle de frequência
por meio de ponto eletrônico, muito embora a lei garanta outros mecanismos de
aferição de assiduidade e frequência.
A escolha da gestão Anísio &
Flor pelo ponto eletrônico, como forma de controle de assiduidade e frequência,
somente para os técnico-administrativos que ocupam baixa posição na hierarquia
organizacional, prova que há falta de isonomia entre os seus trabalhadores.
Não somos contra o controle de frequência,
pois este controle já existe diariamente por meio legal. O que na intriga é que
com a PEC 55, que leva as universidades a funcionar com drástico déficit orçamentário,
a UFPE queira disponibilizar os seus parcos recursos com um investimento em monitoramento
de trabalhadores. Pois, além de ter um alto custo de aquisição e manutenção, compromete
ainda mais a disponibilidade de recursos a serem investidos em bolsas de
estudo, salas de aula, insumos e reagentes para laboratórios, equipamentos,
compras de livros, condicionadores de ar, para melhorias na estrutura e
melhores condições de funcionamento da UFPE.
Por essas razões, a comunidade universitária
também deve dizer NÃO, para que recursos gastos com o ponto eletrônico sejam
direcionados para o efetivo e democrático desenvolvimento do Ensino, da Extensão
e da Pesquisa na UFPE.
Diante da imposição da gestão
Anísio & Flor, não restou alternativa aos técnicos se não deliberar, em
assembleia, pela NÃO REALIZAÇÃO DA BIOMETRIA.