Vimos, por meio desse manifesto,
aprovado em Assembleia da Categoria dos técnico-administrativos, ocorrida no
dia de hoje, na sede do Sintufepe UFPE, informar que o movimento de greve
deflagrado nacionalmente no dia 10 de novembro, mediante plenária da FASUBRA –
ver pauta no site da entidade – com início no dia 13 de novembro na UFPE,
seguiu todo o trâmite legal para a sua deflagração.
Nossa
greve não é do docente, sabemos que somos e estamos em outra organização de
trabalhadores, razão pela qual para entendê-la não se deve olhar de como se
estivéssemos numa sala de aula. A nossa pauta geral seguramente atende à defesa
da qualidade do serviço e das condições de trabalho do servidor público federal
como um todo, assim como defende a dignidade do trabalhador desse sistema
produtivo. Já a pauta específica prioriza a defesa do servidor e do serviço
público no âmbito das universidades federais do país. Nesse sentido, é
elaborada com inquietações que atingem o técnico-administrativo, com efeito
também sobre o docente, implicando dizer que tais conquistas, quando atingidas,
interferem positivamente em tudo o que é produzido na UFPE, e, nesse caso, o
docente passa a se beneficiar também da nossa luta, mesmo sem dela querer estar
ou apoiar.
A participação na estrutura organizacional da UFPE, com o poder de mando do
docente na grande maioria das instâncias de decisões, não pode trazer para o docente
o direito de intervir, com o uso de pressão, assédio, constrangimento, sobre a
forma como as demais categorias na Universidade decidem legalmente sobre a sua
organização política de trabalhador.
Nossa
greve é legítima, seguiu todo o trâmite nacional e local para a sua
deflagração. Não pode ser questionada, nem ignorada por chefias que no fundo
podem estar despreparadas para lidar com a gestão de pessoas e com a própria
democracia, a que a UFPE reivindica ter nas suas relações de trabalho.
Alertamos
que as ações de interferir, de forma explícita ou velada, para a não adesão dos
técnico-administrativos que estão ligados a chefias que tenham se equivocado
com tal procedimento, devem ser imediatamente e nitidamente reconsideradas
pelas mesmas.
Contamos
com a sensibilidade de chefias e docentes em geral para o entendimento do
momento político que a categoria dos técnico-administrativos julgou ser o
melhor para defender as pautas que justificam a luta nacional e local
deflagradas.
No
intuito da construção de uma luta maior, chamamos chefias, docentes e demais
técnicos que ainda estão receosos a seguir nessa caminhada, a participar das
atividades de nossa greve que é pela fortificação da UFPE. Com
técnico-administrativos e docentes respeitados, por serem operários da Ciência,
teremos uma universidade pública mais fortalecida.
Atenciosamente,