21 novembro, 2017

CHEFIAS CONSTRANGENDO TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS PARA A NÃO ADESÃO AO MOVIMENTO GREVISTA NACIONAL DA CATEGORIA

Vimos, por meio desse manifesto, aprovado em Assembleia da Categoria dos técnico-administrativos, ocorrida no dia de hoje, na sede do Sintufepe UFPE, informar que o movimento de greve deflagrado nacionalmente no dia 10 de novembro, mediante plenária da FASUBRA – ver pauta no site da entidade – com início no dia 13 de novembro na UFPE, seguiu todo o trâmite legal para a sua deflagração.

Nossa greve não é do docente, sabemos que somos e estamos em outra organização de trabalhadores, razão pela qual para entendê-la não se deve olhar de como se estivéssemos numa sala de aula. A nossa pauta geral seguramente atende à defesa da qualidade do serviço e das condições de trabalho do servidor público federal como um todo, assim como defende a dignidade do trabalhador desse sistema produtivo. Já a pauta específica prioriza a defesa do servidor e do serviço público no âmbito das universidades federais do país. Nesse sentido, é elaborada com inquietações que atingem o técnico-administrativo, com efeito também sobre o docente, implicando dizer que tais conquistas, quando atingidas, interferem positivamente em tudo o que é produzido na UFPE, e, nesse caso, o docente passa a se beneficiar também da nossa luta, mesmo sem dela querer estar ou apoiar.

A participação na estrutura organizacional da UFPE, com o poder de mando do docente na grande maioria das instâncias de decisões, não pode trazer para o docente o direito de intervir, com o uso de pressão, assédio, constrangimento, sobre a forma como as demais categorias na Universidade decidem legalmente sobre a sua organização política de trabalhador.

Nossa greve é legítima, seguiu todo o trâmite nacional e local para a sua deflagração. Não pode ser questionada, nem ignorada por chefias que no fundo podem estar despreparadas para lidar com a gestão de pessoas e com a própria democracia, a que a UFPE reivindica ter nas suas relações de trabalho.

Alertamos que as ações de interferir, de forma explícita ou velada, para a não adesão dos técnico-administrativos que estão ligados a chefias que tenham se equivocado com tal procedimento, devem ser imediatamente e nitidamente reconsideradas pelas mesmas.

Contamos com a sensibilidade de chefias e docentes em geral para o entendimento do momento político que a categoria dos técnico-administrativos julgou ser o melhor para defender as pautas que justificam a luta nacional e local deflagradas.

No intuito da construção de uma luta maior, chamamos chefias, docentes e demais técnicos que ainda estão receosos a seguir nessa caminhada, a participar das atividades de nossa greve que é pela fortificação da UFPE. Com técnico-administrativos e docentes respeitados, por serem operários da Ciência, teremos uma universidade pública mais fortalecida.

Atenciosamente,

ASSEMBLEIA DOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DA UFPE, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2017.