A categoria de Técnico-Administrativos da UFPE, em massa,
recusou a biometria imposta pela administração da universidade. A ampliação do
prazo para coleta das digitais pela reitoria é indicio que o quadro de menos de
12% dos técnicos com biometria registrada até o dia 27 de outubro não mudou.
Este fato ratifica que a maioria da categoria não aceitou esta forma de controle.
Mesmo os colegas que não participaram da mobilização ou com
dúvidas, se mostram, na prática, contra está forma arcaica e autoritária de
controle. A estratégia é óbvia: como a administração não conseguiu obter a adesão
à biometria, agora está usando outro instrumento falsamente democrático, que é
a realização de uma consulta pública aos TAE’s, sobre as regras que irão reger
o ponto eletrônico.
Já foi decidido e afirmado coletivamente que a categoria não
quer o ponto eletrônico. Fato mostrado na prática, com a não adesão à
biometria. É preciso dar um passo a diante: definitivamente não contribuir para
está consulta pública.
1. A reitoria só está abrindo essa consulta
pública, pois em reunião no dia 15 de setembro de 2017, com a pró-reitora Sônia
Medeiros, uma comissão de técnicos que lá estava para debater a realização de
uma nova audiência pública sobre alternativas de controle de frequência foi
surpreendida com uma minuta de regras de implementação do ponto. A comissão informou
que a categoria se reusaria a debater a minuta, que chegou de “supetão” naquele
espaço. Eles tentaram resolver com uma comissão menor e não conseguiram.
2. Menos de 12% da categoria registrou a biometria
(dos cerca de 4.300 técnico-administrativos da UFPE, apenas 500 TAE’s, aproximadamente),
isso segundo os dados divulgados pelo reitor Anísio Brasileiro e seus assessores,
durante reunião com a categoria no dia 27 de outubro.
3. O último espaço público de deliberação realizado
pela reitoria, o Congresso Estatuinte, teve a contribuição de centenas de
pessoas da comunidade acadêmica e foi atropelada pela gestão da UFPE, a qual
modificou o estatuto final do congresso e retirou pontos fundamentais para os
estudantes e técnicos, a exemplo da igualdade de participação de técnicos,
professores e estudantes nos Conselhos Deliberativos da universidade. Por que a
contribuição dos TAE’s para as regras do ponto, agora teria resultado
diferente?
4. Os Técnicos Administrativos da UFPE são contra o
ponto eletrônico. Esta posição foi afirmada e reafirmada em assembleias,
espaços abertos e de deliberação de toda a categoria. O que a reitoria deseja é
chancelar, com aval da categoria a aprovação da política de controle que ela
está, há meses, tentando impor. Você vai aprovar isso?
5. O processo de implementação das 30 horas/Turnos
de funcionamento contínuos não avançou a tende a não avançar quando o ponto
eletrônico estiver em funcionamento. Não cabem enganos. A reitoria quer fazer das
30 horas exceção e não regra.