10 abril, 2019

MEC: Quando a “ampla experiência” não quer dizer necessariamente nada


Como já esperado, Ricardo Vélez caiu. E com a queda dele outro ilustre desconhecido ascende a um posto de destaque na política nacional, o economista Abraham Weintraub, foi apresentado pelo presidente Bolsonaro como alguém que “possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta”. A pergunta que fica é: O que alguém que teve a vida profissional construída no mercado financeiro e que entrou no governo por sugerir ideias para a previdência social teria a contribuir para tirar o Ministério da Educação da inércia deixada pelo ex-ministro?

Abraham foi apresentado pelo presidente com o título de “Doutor”, apesar de não ter doutorado, mas é formado em ciências econômicas e tem mestrado em administração. Entrou no governo desde o início, na conta do DEM, por meio do Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Trabalhou por 18 anos no Banco Votorantim e depois de demitido tornou-se sócio na Quest Investimentos. Fora um currículo “homem do mercado”, o atual gestor do MEC não tem uma vírgula de contribuição se quer acadêmica, quanto mais de gestão no âmbito educacional. Pelo visto, o governo dobra a aposta que fez ao indicar o Vélez para comandar a pasta e com isso corre um sério risco de manter um ministério estratégico no limbo do saldo zero até agora.