Como já esperado, Ricardo Vélez caiu. E com a queda dele
outro ilustre desconhecido ascende a um posto de destaque na política nacional,
o economista Abraham Weintraub, foi apresentado pelo presidente Bolsonaro como
alguém que “possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para
a pasta”. A pergunta que fica é: O que alguém que teve a vida profissional
construída no mercado financeiro e que entrou no governo por sugerir ideias
para a previdência social teria a contribuir para tirar o Ministério da
Educação da inércia deixada pelo ex-ministro?
Abraham foi apresentado pelo presidente com o título de
“Doutor”, apesar de não ter doutorado, mas é formado em ciências econômicas e
tem mestrado em administração. Entrou no governo desde o início, na conta do
DEM, por meio do Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Trabalhou por 18 anos no Banco Votorantim e depois de
demitido tornou-se sócio na Quest Investimentos. Fora um currículo “homem do
mercado”, o atual gestor do MEC não tem uma vírgula de contribuição se quer
acadêmica, quanto mais de gestão no âmbito educacional. Pelo visto, o governo
dobra a aposta que fez ao indicar o Vélez para comandar a pasta e com isso corre
um sério risco de manter um ministério estratégico no limbo do saldo zero até
agora.