04 setembro, 2021

TAEs da UFPE rejeitam a resolução sobre trabalho presencial

Retorno só com vacinação em massa e condições sanitárias adequadas!

Em Assembleia online realizada na manhã da sexta-feira (03/09/21), pela plataforma Google Meet, os técnico-administrativos da UFPE rejeitaram a resolução que trata do retorno ao trabalho presencial dos setores administrativos da instituição a partir de 1º de setembro, mesmo com a continuidade das aulas pela internet. Também foi aprovada uma nova Assembleia Geral na próxima sexta-feira (10/09), com primeira chamada às 8h30, para discutir e deliberar sobre uma greve sanitária da categoria. 

Após a leitura da ata anterior, foram dados informes sobre os ataques à remuneração dos servidores da Segurança da UFPE, avaliação da greve geral contra a PEC 32 ocorrida em 18 de agosto e a campanha junto com outras entidades do Fórum Estadual em Defesa do Serviço Público. Nesse ponto foram feitos vários relatos que denunciam a falta de condições sanitárias para o retorno ao trabalho presencial, como a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), de higienização dos ambientes e salas sem ventilação. 

As falas dos presentes na assembleia refletiram a insatisfação da categoria com a Resolução 04/2021 aprovada na última semana pelo Conselho Universitário, que autoriza a retomada ao retorno presencial dos servidores 21 dias após completarem os esquemas de vacinação contra a COVID-19.  Porém, a categoria defende o retorno presencial apenas com ampla vacinação da população e com condições estruturais mínimas. 

Niedja Ramos, coordenadora geral do Sintufepe UFPE, salienta: “Os servidores da UFPE não estão se negando a trabalhar, mas nós temos cuidado com nossas vidas e queremos ter certeza que ao trabalhar e retornar para casa não vamos adoecer nem levar doença para nossas famílias. É preciso enfrentar esta decisão da forma como está posta”.

“Existe uma grande assimetria nessa decisão, pois apenas os técnicos estão sendo chamados para trabalhar. Temos que levar em conta também os trabalhadores que se deslocam de ônibus, se expondo à aglomeração devido à superlotação, além da insegurança do campus deserto. Precisamos enfrentar a gestão e dizer que a morte de um companheiro ou companheira, estará na conta da administração da universidade e do governo Bolsonaro”, afirmou Lenilson Santana, coordenador jurídico do Sintufepe.

A Assembleia também aprovou uma comissão que vai elaborar um texto mais detalhado para informar a categoria e mobilizar para o debate sobre o retorno presencial, a ser divulgado amplamente nas mídias do sindicato.

Sintufepe UFPE

Em defesa da Educação e do Serviço Público

Fora Bolsonaro e Mourão!