05 março, 2015

Seminário de Mulheres do Sintufepe reafirma que “Lugar de mulher é onde ela quiser”

No segundo dia de realização do 3° Seminário Interno das Mulheres do Sintufepe o debate girou em torno da relação entre a mulher e a sociedade. Os espaços de poder e a relação de gênero no mundo do trabalho. O saldo desse debate que ocorreu no auditório do Centro de Educação foi a afirmação da necessidade das mulheres continuarem a luta pelo avanço de seus espaços na sociedade.

O primeiro painel tratou da localização feminina nos espaços de poder. A Professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), Ana Cristina problematizou a condição da mulher afirmando que “estamos ocupando os espaços públicos, mas não podemos abrir mãos dos espaços privados, pois é aí que está localizada nossa individualidade”. De acordo com a professora, a necessidade de afirmação social não pode negar a particularidade feminina.

Por outro lado, argumentando em nome da Conlutas, Rafaela Carvalho, direcionou esforços para alertar sobre a necessidade da organização das mulheres. “É importante as mulheres estarem organizadas contra os ataques e retiradas de direitos, por exemplo, da Medida Provisória 665”, ressalta. A MP 665, decretada recentemente pela Presidência da República delibera sobre limites no acesso às pensões por morte do cônjuge, no caso do funcionalismo público.

Já a Coodenadora do Sintufepe, que também se posicionou representando a CTB, Agar Pereira, insistiu na necessidade das mulheres manterem-se firmes na disputa social, para alcançar em direitos e conquistas. “A persistência é fundamental para ocuparmos nosso espaço na sociedade, isso em todos os âmbitos. Seja na 
política, no trabalho e até nos sindicatos”, finalizou.


Mulher X Trabalho

O segundo momento trouxe o tema da violência e discriminação no mundo do trabalho. A facilitação foi realizada pela advogada da Secretaria da Mulher, Iranilda Pereira, a assistente social, Vanise Alves e a militante do Movimento Mulheres em Luta, Gisele Peres. Todas abordaram e denunciaram os dramas que mulheres sofrem no cotidiano, seja na disputa injusta com os homens por postos de trabalho, a luta por salário igual e contra violências cotidianas, como o assédio sexual e o assédio moral, onde no mercado de trabalho os agressores têm as mulheres como alvos preferenciais.

Amanhã no último dia do seminário, as atividades se concentraram a partir das 8h, na sede do Sintufepe, com um dia direcionado ao bem estar e a autoestima feminina.