No segundo dia de realização do 3° Seminário Interno das
Mulheres do Sintufepe o debate girou em torno da relação entre a mulher e a
sociedade. Os espaços de poder e a relação de gênero no mundo do trabalho. O
saldo desse debate que ocorreu no auditório do Centro de Educação foi a
afirmação da necessidade das mulheres continuarem a luta pelo avanço de seus
espaços na sociedade.
O primeiro painel tratou da localização feminina nos espaços
de poder. A Professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), Ana
Cristina problematizou a condição da mulher afirmando que “estamos ocupando os
espaços públicos, mas não podemos abrir mãos dos espaços privados, pois é aí
que está localizada nossa individualidade”. De acordo com a professora, a
necessidade de afirmação social não pode negar a particularidade feminina.
Por outro lado, argumentando em nome da Conlutas, Rafaela
Carvalho, direcionou esforços para alertar sobre a necessidade da organização
das mulheres. “É importante as mulheres estarem organizadas contra os ataques e
retiradas de direitos, por exemplo, da Medida Provisória 665”, ressalta. A MP
665, decretada recentemente pela Presidência da República delibera sobre
limites no acesso às pensões por morte do cônjuge, no caso do funcionalismo
público.
Já a Coodenadora do Sintufepe, que também se posicionou representando a CTB, Agar Pereira, insistiu na necessidade das mulheres manterem-se firmes na disputa social, para alcançar em direitos e conquistas. “A persistência é fundamental para ocuparmos nosso espaço na sociedade, isso em todos os âmbitos. Seja na
política, no trabalho e até nos sindicatos”, finalizou.
Mulher X Trabalho
O segundo momento trouxe o tema da violência e discriminação
no mundo do trabalho. A facilitação foi realizada pela advogada da Secretaria
da Mulher, Iranilda Pereira, a assistente social, Vanise Alves e a militante do
Movimento Mulheres em Luta, Gisele Peres. Todas abordaram e denunciaram os
dramas que mulheres sofrem no cotidiano, seja na disputa injusta com os homens
por postos de trabalho, a luta por salário igual e contra violências
cotidianas, como o assédio sexual e o assédio moral, onde no mercado de
trabalho os agressores têm as mulheres como alvos preferenciais.
Amanhã no último dia do seminário, as atividades
se concentraram a partir das 8h, na sede do Sintufepe, com um dia direcionado
ao bem estar e a autoestima feminina.