11 julho, 2020

Em reunião com a Progepe, Sintufepe-UFPE critica plano de retomada na UFPE

O encontro on-line foi realizado na quinta-feira (9) e reuniu representantes da administração central da Universidades e a direção sindical, contando com o reforço e participação da assessoria jurídica do sindicato. Foram debatidos assuntos específicos de seguimentos da categoria, além de pautas gerais, do interesse tanto dos Técnico-administrativos, mas com repercussão também entre os estudantes. O espaço, ainda que virtual, foi saudado por ambos os lados sendo visto como a retomada da mesa permanente de negociação que seguirá uma agenda quinzenal.
Representando a reitoria, a Pró reitora de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida, Bruna Carvalho, respondeu os questionamentos feitos pela direção do Sintufepe-UFPE, que tratou majoritariamente da divulgação do plano de retomada das atividades na Universidade através do que está sendo chamado de “semestre 2020.3”, o que tem gerado descontentamento entre os técnicos, que estão receosos quanto as condições sanitárias, para a execução das tarefas sem o risco de contágio do Coronavírus no local de trabalho.  O sindicato argumenta que o retorno só é possível após a disponibilidade de vacinas para combater o vírus, evitando a exposição dos trabalhadores da Universidade.
Outro questionamento feito pela direção sindical tratou da ausência de um protocolo, ainda que provisório da gestão do professor Alfredo Gomes, à frente da reitoria, para a recomposição dos técnicos nos órgãos deliberativos superiores da UFPE, que por hora segue sendo prorrogado, desta vez para o dia 31 de agosto.
A pró reitora Bruna Carvalho destaca que sobre o semestre 2020.3, não há data expedida para o retorno das atividades presenciais, mas que “está na mesa de trabalho da administração da Universidade o empenho de se discutir prazos, protocolos e modelos”. De fato, um modelo já foi divulgado pela reitoria, que será em caráter em ensino a distância (EAD), mas que mesmo assim, garantido o distanciamento entre professores e estudantes, não delimita com clareza o papel do técnico, que será o profissional que terá de garantir a infraestrutura desse modelo de ensino. O que pode gerar uma condição de tratamento desigual entre os seguimentos universitários, na exposição ao vírus.
Trabalho remoto e crise no SSI
Sob o olhar do sindicato é preocupante essa brevidade pelo retorno das atividades presenciais na UFPE, se nem as condições adequadas para o regime de trabalho remoto sejam supridas. Não há local adequado para a execução das tarefas, faltando ergonometria, material de expediente e uma conexão adequada à internet em muitos dos casos. E ainda tendo o sindicato de cobrar o ressarcimento financeiro do desconto de proventos salariais feito pela administração, que só foram reparados através de ação da entidade na Justiça.
Sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores da segurança institucional, que tiveram uma reunião com o sindicato nesta semana, a bancada representativa dos técnicos indagou a reitoria sobre as trocas sucessivas na administração da Superintendência de Segurança Institucional, o que tem causando estranhamento e descontentamento. A direção sindical sustenta que entre os membros do quadro funcional da SSI tem gente qualificada e que pode assumir a tarefa, não sendo aceitável uma gestão estranha ao meio.
 A administração pontuou que irá cumprir a decisão judicial pelo ressarcimento financeiro e que emitirá uma nota oficial, tratando dos compromissos estabelecidos na reunião. Sobre o SSI, a demanda do sindicato foi acolhida pela reitoria, porém, até aquele instante não havia uma definição de tratativa para a questão, que será levada ao reitor para o registro de uma posição, sendo considerada a posição do sindicato sobre o tema.

A reunião se encerrou sem uma definição exata de data, mas com a margem de realização para os próximos 15 dias.