O encontro on-line foi realizado na
quinta-feira (9) e reuniu representantes da administração central da
Universidades e a direção sindical, contando com o reforço e participação da
assessoria jurídica do sindicato. Foram debatidos assuntos específicos de
seguimentos da categoria, além de pautas gerais, do interesse tanto dos
Técnico-administrativos, mas com repercussão também entre os estudantes. O
espaço, ainda que virtual, foi saudado por ambos os lados sendo visto como a
retomada da mesa permanente de negociação que seguirá uma agenda quinzenal.
Representando a
reitoria, a Pró reitora de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida, Bruna
Carvalho, respondeu os questionamentos feitos pela direção do Sintufepe-UFPE,
que tratou majoritariamente da divulgação do plano de retomada das atividades
na Universidade através do que está sendo chamado de “semestre 2020.3”, o que
tem gerado descontentamento entre os técnicos, que estão receosos quanto as
condições sanitárias, para a execução das tarefas sem o risco de contágio do
Coronavírus no local de trabalho. O
sindicato argumenta que o retorno só é possível após a disponibilidade de
vacinas para combater o vírus, evitando a exposição dos trabalhadores da Universidade.
Outro
questionamento feito pela direção sindical tratou da ausência de um protocolo,
ainda que provisório da gestão do professor Alfredo Gomes, à frente da
reitoria, para a recomposição dos técnicos nos órgãos deliberativos superiores
da UFPE, que por hora segue sendo prorrogado, desta vez para o dia 31 de
agosto.
A pró reitora
Bruna Carvalho destaca que sobre o semestre 2020.3, não há data expedida para o
retorno das atividades presenciais, mas que “está na mesa de trabalho da
administração da Universidade o empenho de se discutir prazos, protocolos e
modelos”. De fato, um modelo já foi divulgado pela reitoria, que será em
caráter em ensino a distância (EAD), mas que mesmo assim, garantido o
distanciamento entre professores e estudantes, não delimita com clareza o papel
do técnico, que será o profissional que terá de garantir a infraestrutura desse
modelo de ensino. O que pode gerar uma condição de tratamento desigual entre os
seguimentos universitários, na exposição ao vírus.
Trabalho remoto e
crise no SSI
Sob o olhar do
sindicato é preocupante essa brevidade pelo retorno das atividades presenciais
na UFPE, se nem as condições adequadas para o regime de trabalho remoto sejam
supridas. Não há local adequado para a execução das tarefas, faltando
ergonometria, material de expediente e uma conexão adequada à internet em
muitos dos casos. E ainda tendo o sindicato de cobrar o ressarcimento
financeiro do desconto de proventos salariais feito pela administração, que só
foram reparados através de ação da entidade na Justiça.
Sobre os problemas
enfrentados pelos trabalhadores da segurança institucional, que tiveram uma
reunião com o sindicato nesta semana, a bancada representativa dos técnicos indagou
a reitoria sobre as trocas
sucessivas na administração da Superintendência de Segurança Institucional, o
que tem causando estranhamento e descontentamento. A direção sindical sustenta
que entre os membros do quadro funcional da SSI tem gente qualificada e que
pode assumir a tarefa, não sendo aceitável uma gestão estranha ao meio.
A administração pontuou que irá cumprir a
decisão judicial pelo ressarcimento financeiro e que emitirá uma nota oficial,
tratando dos compromissos estabelecidos na reunião. Sobre o SSI, a demanda do
sindicato foi acolhida pela reitoria, porém, até aquele instante não havia uma
definição de tratativa para a questão, que será levada ao reitor para o
registro de uma posição, sendo considerada a posição do sindicato sobre o tema.
A reunião se encerrou sem uma definição exata de data, mas com a margem de realização para os próximos 15 dias.