Pouco mais
de um ano e meio de governo Bolsonaro é já se pode enumerar uma enorme lista de
crises nos diversos ministérios. Na pasta da educação não poderia ser
diferente; já são três ministros que caem, sendo que o último sequer assumiu de
fato. Não há projeto que vise olhar para o futuro ou enfrentar os desafios
reais das desigualdades educacionais do país, tratou-se até o momento de
utilizar-se do MEC para fomentar um campo de batalha ideológica que o circo
bolsonarista fantasia na internet.
Os motivos que levaram à queda o oficial da reserva, Carlos Alberto Decotelli, sem nem mesmo ter participado da cerimônia de posse, trazem à tona a vivencia dos quadros políticos do quintal bolsonarista. O currículo do Decotelli, tão alardeado e que revelaria uma mudança de rota no Ministério da Educação desmanchou-se como um castelo de arreia; a cada apuração jornalística, uma nova mentira era revelada. Não se sustentou como ministro e não se sabe nem se irá se sustentar em algum cargo de segundo escalão no MEC.
Lá se vão três ministros e uma das pastas mais estratégicas do Estado brasileiro não apresentou nenhum rumo de governança do setor, nem mesmo para o próximo indicado. Nada de novo e perene foi apresentado pelo Vélez Rodríguez ou Weintraub, onde o sucessor possa firmar os pés. Pelo contrário, a marca do desgoverno Bolsonaro até o momento, no que se trata da educação brasileira é a marca da tesoura, onde a todo instante o que se buscou foi o corte de financiamento e receita.
O destrato com a educação já se tornou a prova contundente da aversão que o presidente e sua turma têm com a Universidade e o conhecimento. Quem rejeita a ciência, nega a realidade e tão logo não tem preparo nenhum para conduzir a coisa pública.