18 setembro, 2014

Nova paralisação: Técnico-Administrativos da UFPE exigem negociações com o Reitor



A jornada de lutas pela implantação de turnos contínuos na UFPE no mês de setembro tem demonstrado que a cada paralisação o movimento dos Técnico-Administrativos  cresce se fortalece.
A Gestão da UFPE parece pretender não apostar no diálogo. Esse é o entendimento que se manifesta, quando o Reitor Anísio Brasileiro recusou-se atender a solicitação dos manifestantes, dentro da Reitoria, na quarta-feira (17/09), pleiteando uma audiência pública.
Como sinal de desprezo aos trabalhadores, emite para a comunidade acadêmica nota (Veja aqui) que não traduz a realidade dos fatos.
O Reitor não apresenta resposta na direção da solução do impasse, ignora as justas reivindicações dos TAE´s, que exigem a construção de um processo negocial, que implica relações democráticas. Essa nota da Administração da UFPE reafirma tão somente a disposição de impor concepções unilaterais sobre flexibilidade da jornada de trabalho. Transformando as diversas reuniões de negociações das Bancadas Gestores e Representação Sindical num espetáculo cênico.

Denunciamos que não existe Minuta negociada com a Reitoria. Portanto, a Nota da Reitoria da UFPE à comunidade acadêmica não diz a verdade dos fatos. E por não ter sido uma minuta de resolução negociada é que está havendo o conflito.
Fomos claros quando oficializamos ao Reitor e a Superintendência do HC/UFPE via ofício aos gabinetes, no dia 04 de setembro, informando dos nossos motivos para a paralisação, e repetimos, são estes:
1) Que a minuta apresentada aos Diretores de Centros acadêmicos não representa o negociado com a Comissão que Representa os TAE´s;
2) Que a proposta da Administração da UFPE de Imposição de Ponto Eletrônico para todos, contida na minuta, não há acordo e gera conflitos, pois na legislação existe outros mecanismos para aferir a assiduidade. São dois debates: uma coisa é o controle de assiduidade, outra coisa é a flexibilidade da jornada de trabalho através de turnos contínuos;
3) Retirada dos Trabalhadores do HC da Minuta de Resolução de Jornada de Trabalho, o acordado era que existiria um capítulo tratando do assunto numa minuta única;
4) Ausência de espaço democrático para a representação sindical dialogar com os Conselheiros.

Vejam as contradições da Administração da UFPE

A categoria sempre cobrou nas reuniões das bancadas (gestores e representação sindical) a informação sobre a aprovação das diretrizes de jornada flexível de trabalho (Texto aprovado em assembleias) por parte do Reitor. Somente com essa informação, que iríamos construir a minuta. A Bancada dos Gestores sempre soube que não havia acordo com a inclusão de Ponto Eletrônico, tanto que no dia 18 de julho, via e-mail foi enviada pelos gestores a seguinte minuta (veja aqui). Por esta proposta,  a questão do ponto eletrônico parecia vencida, agora só faltava a inclusão do Capítulo que tratava da inclusão dos Trabalhadores do Hospital das Clínicas. Quando apresentada completa, a categoria iria apreciar a proposta, havendo críticas, adendos, etc, retornaria para as comissões. Só após acordo final, a minuta seria apresentada ao Conselho Universitário.
Houve um hiato, espaço muito grande para reabertura das reuniões, que parou em 2/06/2014. Só no dia 23 de agosto retomou-se o processo de reuniões, e na oportunidade ficou a bancada dos gestores de apresentar o capitulo do HC, mas informaram que teriam reunião no dia 26 de agosto com os Diretores de Centros para discutir a minuta, avançando no debate. Perguntamos qual minuta ia ser apresentada, e recebemos como resposta que seria a que já tínhamos conhecimento. Mesmo assim, solicitamos espaço para apresentar nossas concepções e foi negado o espaço.
Acontece, que aos Diretores de Centro foi apresentada outra minuta (Veja aqui já com estudos comparativos com a 1ª proposta de minutas). Em resumo, a primeira minuta parecia aproximada das diretrizes aprovadas pela categoria, merecendo alguns ajustes, como: isonomia de direitos com os trabalhadores em estágio probatório e inclusão do capítulo do HC.
A segunda minuta veio repleta de “cavalo de tróia”, verdadeiro presente de grego. Além de manter os itens citados, incluía obrigatoriedade de ponto eletrônico para todos, fim da democracia interna na comissão geral, criação de duas comissões nomeadas pelo Reitor e uma por Diretores de Centro, fim dos acordos com atas por local de trabalho, e outros mecanismos impeditivos que tornará ilegal até os setores que há anos possuem trabalhadores em jornada de turnos contínuos, funcionando muito bem até a presente data. Ou seja, rasgaram e jogaram no lixo nossas propostas de diretrizes de jornada de trabalho flexível e criaram outra repleta de obstáculos intransponíveis para os setores que já existe turnos contínuos.

De posse da informação do gato por lebre e dos prejuízos que seriam ocasionados para a categoria com a proposta de minuta dos gestores apresentadas aos Diretores de Centro convocamos a categoria com a denúncia devidamente formulada para uma jornada de lutas, com objetivos de abertura de negociação para reverter o quadro.

De repente, vendo-se a revolta dos trabalhadores, e para justificar a ausência do capítulo sobre a jornada de trabalho flexível dos trabalhadores do HC, aparece uma nova minuta, feito a toque de caixa, agora somente para o HC (Minuta HC), e ainda não contemplava os trabalhadores. Justificando nossos argumentos. Sendo mais um verdadeiro engodo.

Agora a coisa piora para os trabalhadores do HC/UFPE, hoje cedidos, por imposição do Reitor para a administração da EBSERH. Além da EBSERH pretender estabelecer o Ponto Eletrônico obrigatório para todos, há uma exigência de retorno de 15 plantões. Esse é o entendimento diante das declarações do gerente administrativo do HC, Lurimberg Diniz para a grande imprensa, em entrevista concedida o dia 17/09 (Veja aqui).

Assim, diante do exposto, reafirmamos nossa disposição de dialogar com a Administração da UFPE, e denunciamos que a nota oferecida pelo Reitor Anísio Brasileiro não constrói no sentido da resolutividade do impasse.

Ante o exposto só nos resta mais uma vez convocar a categoria para paralisar suas atividades no dia 24 de setembro, aprovada na assembleia de 03 de setembro. Vamos realizar nesse dia um ato na Reitoria da UFPE, dessa vez afirmando “NEGOCIA REITOR”, propósito da manifestação. Mais uma vez vamos solicitar uma audiência pública com o Reitor Anísio Brasileiro. Precisamos dirimir todas as dúvidas com o dirigente máximo, para retomar as reuniões.


Atenção: Aviso de organização

Concentração para o Ato “NEGOCIA REITOR” será na frente do Centro de Artes e Comunicação.

Pessoal do HC, se concentra na Portaria 4 a partir da 07:00h e sai às 9:00h em passeada pela Avenida dos Reitores, em direção ao Centro de Artes e Comunicação e seguem todos para a Reitoria.

Orientamos aos trabalhadores do HC seguir o protocolo de serviços essenciais (Veja o documento). 
Demais setores da UFPE é prá torar! Fechar todos os setores que há atividade de TEA´s.