A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira, na sede da
reitoria da universidade e contou com uma delegação do Comando Local de Greve e
a gestão da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida. Em pauta, as
demandas internas dos técnicos administrativos da UFPE. Pontos como o apontamento
da frequência dos grevistas e a avaliação de desempenho estiveram em debate.
A mesa foi formada após uma primeira reunião entre o CLG e o
reitor Anísio Brasileiro. No encontro de hoje foram abordos temas da greve que
espelham a realidade local da categoria. Em primeiro lugar foi cobrado dos
técnicos uma normativa da reitoria, para as chefias de centros e departamentos,
indagando pela não computação da ausência dos técnicos que aderiram à greve
como falta. Lenita Almeida, gestora da Pró-reitoria, expos as dificuldades
administrativas de baixar tal circular, mas deixou claro que o setor de
cadastro da reitoria está orientado em não apontar as possíveis faltas que um
ou outro departamento encaminhe. Obedecendo a nota do Conselho Universitário,
que resguarda a legitimidade da greve dos TAE’s, a Progepe reafirma que não haverá
cortes de ponto dos grevistas.
Quanto ao debate sobre a aprovação do novo estatuto da UFPE,
os técnicos pediram o parecer jurídico do texto, conforme acertado na reunião
com o reitor. Cobraram também a definição da agenda da próxima reunião do
Consuni e a garantia por parte da reitoria de que o posicionamento da
administração central da universidade seria pela homologação do documento
aprovado no congresso estatuinte. A gestão da Progepe lembrou que esta pauta
ficou sob responsabilidade do vice-reitor, Silvio Romero, logo não poderiam
fazer gestão quanto ao tema, no entanto se comprometeram em articular uma mesa
com o vice-reitor, que ficou de ceder ao sindicato o resultado do parecer jurídico
antes da apresentação do texto ao Consuni.
Sobre a pauta que trata da reivindicação da avaliação de
desempenho bilateral, onde não apenas a chefia pode avaliar o técnico, mas
também o técnico pode avaliar a chefia, os representantes da administração
ponderaram que há interesse da Progepe em encaminhar tal metodologia, porém buscam
sistematizar as avaliações, chamadas pela gestão de “avaliação 360 graus”.
Propõem a realização de um seminário com representações de outras universidades
federais que já praticam essa forma de avaliação.
Por fim, foi abordada a denuncia do uso de mão de obra dos
bolsistas para compensar a ausência dos técnicos administrativos em greve.
Situação que apesar de se agravar durante as greves da categoria, mostram-se
rotineiras expondo o drama da universidade quanto ao tema redimensionamento da
carreira dos TAE. Os técnicos cobraram mais uma vez os dados a cerca do
quantitativo de bolsistas por departamentos, números já solicitados por várias
vezes e que mais uma vez a reitoria não apresentou. O Sintufepe tem uma
denuncia no Ministério Público sobre o assunto e não aceita que bolsistas
ocupem funções destinadas aos técnicos administrativos. Posto mais uma vez tal
solicitação dos dados, a Progepe ficou de fornecer na próxima reunião, já
agendada para o dia 3 de agosto.