23 julho, 2015

Pauta interna é debatida com a Progepe

A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira, na sede da reitoria da universidade e contou com uma delegação do Comando Local de Greve e a gestão da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida. Em pauta, as demandas internas dos técnicos administrativos da UFPE. Pontos como o apontamento da frequência dos grevistas e a avaliação de desempenho estiveram em debate.

A mesa foi formada após uma primeira reunião entre o CLG e o reitor Anísio Brasileiro. No encontro de hoje foram abordos temas da greve que espelham a realidade local da categoria. Em primeiro lugar foi cobrado dos técnicos uma normativa da reitoria, para as chefias de centros e departamentos, indagando pela não computação da ausência dos técnicos que aderiram à greve como falta. Lenita Almeida, gestora da Pró-reitoria, expos as dificuldades administrativas de baixar tal circular, mas deixou claro que o setor de cadastro da reitoria está orientado em não apontar as possíveis faltas que um ou outro departamento encaminhe. Obedecendo a nota do Conselho Universitário, que resguarda a legitimidade da greve dos TAE’s, a Progepe reafirma que não haverá cortes de ponto dos grevistas.

Quanto ao debate sobre a aprovação do novo estatuto da UFPE, os técnicos pediram o parecer jurídico do texto, conforme acertado na reunião com o reitor. Cobraram também a definição da agenda da próxima reunião do Consuni e a garantia por parte da reitoria de que o posicionamento da administração central da universidade seria pela homologação do documento aprovado no congresso estatuinte. A gestão da Progepe lembrou que esta pauta ficou sob responsabilidade do vice-reitor, Silvio Romero, logo não poderiam fazer gestão quanto ao tema, no entanto se comprometeram em articular uma mesa com o vice-reitor, que ficou de ceder ao sindicato o resultado do parecer jurídico antes da apresentação do texto ao Consuni.

Sobre a pauta que trata da reivindicação da avaliação de desempenho bilateral, onde não apenas a chefia pode avaliar o técnico, mas também o técnico pode avaliar a chefia, os representantes da administração ponderaram que há interesse da Progepe em encaminhar tal metodologia, porém buscam sistematizar as avaliações, chamadas pela gestão de “avaliação 360 graus”. Propõem a realização de um seminário com representações de outras universidades federais que já praticam essa forma de avaliação.


Por fim, foi abordada a denuncia do uso de mão de obra dos bolsistas para compensar a ausência dos técnicos administrativos em greve. Situação que apesar de se agravar durante as greves da categoria, mostram-se rotineiras expondo o drama da universidade quanto ao tema redimensionamento da carreira dos TAE. Os técnicos cobraram mais uma vez os dados a cerca do quantitativo de bolsistas por departamentos, números já solicitados por várias vezes e que mais uma vez a reitoria não apresentou. O Sintufepe tem uma denuncia no Ministério Público sobre o assunto e não aceita que bolsistas ocupem funções destinadas aos técnicos administrativos. Posto mais uma vez tal solicitação dos dados, a Progepe ficou de fornecer na próxima reunião, já agendada para o dia 3 de agosto.