Após a realização da reunião do CLG na reitoria esta manhã,
uma comissão de 10 técnicos foi atendida em audiência com o reitor da UFPE,
Anísio Brasileiro. A audiência debateu a pauta de reivindicações interna dos
TAE’s, construída após amplo debate com a categoria e ouvido os diversos
departamentos do campus, além de temas que são acúmulos do movimento sindical
na universidade.
A reunião contou com o debate ponto a ponto e teve inicio com a
retomada das queixas dos trabalhadores contra as retaliações das chefias de
departamentos sobre técnicos que estão aderindo ao movimento. Conforme
nota emitida após a reunião do Conselho Universitário, ficam diretores de
centros e chefias orientados a não colocar falta ou coibir a participação dos trabalhadores
desejosos por participar da greve. A comissão dos trabalhadores cobrou da
reitoria para que mais uma vez oriente os chefes de departamentos e reforce a
nota emitida pelo Consuni.
Outra observação debatida foi sobre o andamento do novo
estatuto da universidade, depois do congresso estatuinte. Segundo o
vice-reitor, Silvio Romero, o documento passa por uma análise jurídica e será
apresentado ao Conselho Universitário no mês de agosto. Tal informação não foi
bem recebida pelos trabalhadores que receiam mudanças no texto aprovado. Além
do mais, durante os trabalhos do congresso foi deliberado que aquela seria a
instância máxima da UFPE, para deliberação a respeito do estatuto e que o texto
aprovado ali deveria ser homologado pelo Consuni. O reitor Anísio sentenciou
que apenas se responsabilizaria em convocar o conselho e por o novo texto em
pauta para o debate, quando perguntado sobre sua posição ele disse que, “a
posição do reitor é a posição do Conselho Universitário”. Os técnicos cobraram
ter acesso ao parecer jurídico que está sendo elaborado, antes da apreciação do
Consini, o que foi acordado com a administração do campus que seria
disponibilizada tal informação assim que concluída.
Quanto às demandas trabalhistas, o CLG cobrou conforme a pauta a
implantação de uma avaliação periódica bilateral nos departamentos entre
chefias e técnicos. Outro aspecto são os questionamentos pela implantação do
regime de 30 horas semanais, onde mesmo depois de deliberado pelo Conselho de
Administração da UFPE, ainda há chefias de departamentos resistentes pela
aplicação dos turnos contínuos.
A reitoria sugere pela constituição de uma comissão entre técnicos
e gestores da Progepe para elaborar propostas que abordem os aspectos
trabalhistas e a realização de uma reunião com a Progest para debater a pauta
interna. O reitor se comprometeu ainda por entregar um levantamento da quantidade de bolsistas
por setor, visando deliberar a respeito do uso irregular de bolsistas na função
de técnicos administrativos em educação nos departamentos.
Sobre as pautas do
Hospital das Clínicas, o vice-reitor se comprometeu a participar de reunião no
HC e tratar especificamente das demandas das ascensoristas do hospital, que
estão sem lugar para guardar seus pertences e áreas de convívio. Em relação à
Ebserh, o reitor foi claro ao expor que por concepção não irá rever o contrato
entre HC e a empresa e que estaria disposto a providenciar junto à superintendência
do hospital a realização de um balanço do primeiro ano de gestão da Ebserh. Os
técnicos lotados no HC planejam providenciar um contra balanço para apresentar,
também tratando deste primeiro ano de nova gestão do hospital universitário.