A atividade iniciou com a apresentação de uma entrevista com
Maria Lúcia Fatorelle, da Auditoria Cidadã da Dívida, tratando brevemente dos
fundamentos da dívida pública brasileira e os impactos no orçamento, complementados
com a exposição de Guilherme Fonseca, do Ilaese e Leandro Barbosa, da base
sindical do Sintufepe. O assunto abordado foi o impacto da dívida e dos cortes
do orçamento público, nos serviços públicos, entre eles a educação, uma das mais
atingidas neste segundo governo Dilma.
Depois se iniciaram os informes e avaliações do movimento,
junto com o balanço da realização da caravana e a nova rodada de negociações do
funcionalismo e o governo, onde nenhuma novidade concreta foi apresentada pelo
MPOG, que continua querendo parcelar o índice de 21,3% em quatro anos. Segundo
as avaliações na assembleia isso representaria na verdade uma redução salarial
e não o contrário, considerando a tendência de crescimento inflacionário para
os próximos anos. A cada intervenção que repudiava a proposta e incentivava a
continuidade da greve o plenário aplaudia calorosamente.
Visando a continuidade do movimento, porém agora de forma
mais intensiva, a ideia é colocar a greve dos técnicos administrativos das
federais em Pernambuco nas ruas de Recife. E o reflexo desta iniciativa local
deve se refletir também em Brasília com o envio de uma nova delegação da UFPE
para o Comando Nacional de Greve e a preparação de uma nova caravana no início
de agosto. Até lá, novas manifestações locais prometem radicalizar a greve da categoria.