Após mais de 110 dias em greve com muita truculência política
do governo, forçando a categoria a ocupar o MPOG em Brasília e realizar
sucessivos atos nas dezenas de universidades federais do país, sinalizando a
todo tempo pela preferência ao arrocho nos salários e cortes no orçamento da
educação, em favor do ajuste fiscal e o pagamento da dívida pública para os
banqueiros, o governo Dilma sempre pleiteou vencer a greve dos técnicos
administrativos pelo cansaço. Chegou a propor um vexatório reajuste parcelado
em 4 anos, que foi prontamente rechaçado pelos trabalhadores e agora mantem a intransigência,
negando a possibilidade de discutir sobre a contraproposta da Fasubra.
A categoria dá o aval à federação pela assinatura do acordo
e suspende o movimento grevista, porém,
garantindo um possível retorno aos
trabalhos apenas após orientação nacional do CNG, que aguarda a deliberação das
assembleias de base nos estados. Até lá, conforme deliberado na reunião, estará
suspensa inclusive a atividade prevista para amanhã na entrada do campus
Recife.