16 junho, 2015

Conselho Universitário da UFPE declara apoio à greve dos Técnicos Administrativos

Uma das reivindicações da greve dos técnicos administrativos da Universidade Federal de Pernambuco, a reunião do Conselho Universitário aconteceu na manhã desta terça-feira (16), no prédio da reitoria.  Na ocasião, os técnicos marcaram presença no auditório e tiveram direito a voz, onde expuseram aos conselheiros os motivos da greve da categoria. Esta reunião era uma cobrança da categoria desde o início da paralisação. A intenção do movimento era extrair do colegiado uma nota pública favorável às pautas de reivindicação da greve dos TAE’s.

Antes do início da reunião o Comando Local de Greve promoveu um café da manhã, que concentrou os trabalhadores na frente da reitoria, em seguida o movimento se dirigiu para o auditório que ficou lotado, entre técnicos e conselheiros. A reunião foi aberta pelo reitor, Anísio Brasileiro, que iniciou os debates concedendo o direito de voz a uma comissão de técnicos, Danilo, Fernando, Everaldo, Katia e Leilane, em seguida foi a vez dos conselheiros se pronunciarem.

O diretor do Centro de Ciências Jurídicas, Francisco Queiroz, foi o primeiro a se manifestar tentando justificar a indisposição causada com uma portaria emitida por ele na Faculdade de Direito do Recife, que coagia os técnicos que aderissem à greve com a ameaça de corte de ponto. Posição que foi rebatida por outros conselheiros, tendo em vista a tradição da UFPE em não notificar a falta, de técnicos ou docentes em movimentos grevistas. Foi ponderada ainda pela diretora do Centro de Ciências Biológica, Maria Eduarda, o que ela chamou de “responsabilidade do movimento” pela assiduidade dos trabalhadores nas atividades de greve.

Tanto a posição do diretor do CCJ, quanto a da diretora do CCB foram rebatidas pelos TAE’s em uma nova rodada de intervenções. Os técnicos argumentaram que não caberia à chefia dos departamentos indagarem cada trabalhador sobre a forma de se exercer o direito de greve, sendo esta uma exclusividade de cada trabalhador, e mais, sendo respeitado o critério de impessoalidade do movimento paredista que é da categoria.


Depois dos debates o vice-reitor, Silvio Romero, leu a sugestão de nota redigida pela reitoria, que orientou o apoio da universidade ao movimento e cobrou a instalação imediata de uma mesa de negociação entre a categoria e o governo, recebendo ainda adendos do plenário sobre um posicionamento contrário aos cortes de verbas na educação pública. Após lida a nota, o reitor procedeu à votação e aprovação do texto, com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário.