20 junho, 2015

MOÇÃO DE REPÚDIO


 Os trabalhadores técnico-administrativos da UFPE, em greve desde o dia 28 de maio do corrente, manifestam sua contrariedade à atitude do Prof. Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti, atual Diretor da Faculdade de Direito do Centro de Ciências Jurídicas, que emitiu a Portaria nº 17/2015 orientando atribuir faltas aos grevistas, antes mesmo de qualquer decisão quanto à legalidade e legitimidade, e posição do Conselho Universitário. Tal expediente representa tão somente uma agressão ao legítimo direito de greve dos trabalhadores, sendo elemento puramente repressivo, descabido e unilateral, apenas aplicado a uma categoria do serviço público, os técnico-administrativos, em movimento justo de reivindicação, organizado nacionalmente. Valendo-se de seu cargo, aplica medidas discriminatórias apenas a um segmento da classe trabalhadora, pois o mesmo não faria se igualmente estivessem em greve os seus pares docentes, sendo, portanto, no nosso entendimento, prática de assédio moral o ato com finalidade de impedir o livre exercício do direito de greve, com a ameaça dos técnicos não receberem o salário. De forma inquisitorial, empreendendo a sua “capacidade” julgadora, fechado ao diálogo, o atual Diretor do CCJ impulsiona sua vontade particular através da referida portaria. O entendimento dos trabalhadores, presentes nessa assembleia geral, em 10 de junho do corrente, é de repúdio as suas atitudes e lástima pela maculação da imagem da casa que o mesmo representa, que em 2007 adotou como lema da Faculdade de Direito“O direito passa por aqui”.Nosso julgamento objetivo e subjetivo, nos impulsiona a marcar tais atitudes com Troféu Abacaxi para o agente causador da prática antisindical, marcando a “autoridade” como persona non grata pelo movimento paredista dos técnico-administrativos da UFPE de 2015. Assediador moral “non passerai” impune, ao menos em nossa memória.