Os trabalhadores
técnico-administrativos da UFPE, em greve desde o dia 28 de maio do corrente, manifestam
sua contrariedade à atitude do Prof. Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti,
atual Diretor da Faculdade de Direito do Centro de Ciências Jurídicas, que
emitiu a Portaria nº 17/2015 orientando atribuir faltas aos grevistas, antes
mesmo de qualquer decisão quanto à legalidade e legitimidade, e posição do
Conselho Universitário. Tal expediente representa tão somente uma agressão ao
legítimo direito de greve dos trabalhadores, sendo elemento puramente
repressivo, descabido e unilateral, apenas aplicado a uma categoria do serviço
público, os técnico-administrativos, em movimento justo de reivindicação,
organizado nacionalmente. Valendo-se de seu cargo, aplica medidas
discriminatórias apenas a um segmento da classe trabalhadora, pois o mesmo não
faria se igualmente estivessem em greve os seus pares docentes, sendo,
portanto, no nosso entendimento, prática de assédio moral o ato com finalidade
de impedir o livre exercício do direito de greve, com a ameaça dos técnicos não
receberem o salário. De forma inquisitorial, empreendendo a sua “capacidade”
julgadora, fechado ao diálogo, o atual Diretor do CCJ impulsiona sua vontade
particular através da referida portaria. O entendimento dos trabalhadores,
presentes nessa assembleia geral, em 10 de junho do corrente, é de repúdio as suas
atitudes e lástima pela maculação da imagem da casa que o mesmo representa, que
em 2007 adotou como lema da
Faculdade de Direito“O direito passa por aqui”.Nosso julgamento objetivo e
subjetivo, nos impulsiona a marcar tais atitudes com Troféu Abacaxi para o
agente causador da prática antisindical, marcando a “autoridade” como persona non grata pelo movimento paredista dos técnico-administrativos da UFPE
de 2015. Assediador moral “non passerai”
impune, ao menos em nossa memória.