No fim da semana passada chegou ao Comando Local de Greve da
UFPE a informação de que a direção do Centro de Ciências Jurídicas, na
Faculdade de Direito do Recife, emitiu uma portaria comunicando que o ponto dos
trabalhadores que aderissem à greve seria cortado de forma que a direção do CCJ
iria manter um controle da frequência dos técnicos lotados ali. Uma medida que
causou estranheza a todos que ficaram sabendo dessa portaria, pois até então
nenhum diretor de centro tomou qualquer ação semelhante.
Na avaliação do Sintufepe e do CLG essa portaria configura
assédio moral, tendo em vista o explícito interesse de coagir a categoria que
trabalha no CCJ em não aderir ao movimento grevista. Foi definida como agenda
do movimento a realização de uma mobilização nesta segunda (8) na FDR, com o
objetivo de abrir um canal de dialogo entre a direção do centro e a comando. Lá,
os trabalhadores, segurando cartazes e vestindo a camisa da greve, percorreram
o interior do CCJ cantando palavras de ordem.
Em virtude da realização de uma solenidade que contava
inclusive com a presença do reitor Anísio Brasileiro, não demorou e o diretor
Francisco Queiroz, atendeu em seu gabinete o movimento. Na mesa, os técnicos
ponderaram pela revogação da portaria 17/2015 ou até a suspenção, tendo em
vista a informação que foi repassada pelo diretor de que na próxima semana
estaria agendada uma reunião entre os diretores de centro com a reitoria, para
debaterem a respeito da greve dos TAE. Em vão. O professor Francisco se mostrou
irredutível ao diálogo, o que levou ao fim da reunião sem uma solução.