01 maio, 2014

Semana de discussão e luta pela Pauta Interna

Pauta Interna este é o tema que inicia as lutas na primeira semana de maio, na greve dos Técnico-Administrativos na UFPE. A universidade se expandiu, novos edifícios foram construídos, contudo a estrutura mais antiga ficou nos últimos 12 anos totalmente desprezada pelos gestores de plantão. É comum ouvir-se as denúncias de precarização no ambiente de trabalho, banheiros quebrados, falta de equipamentos e manutenção nos laboratórios, falta de EPI (Equipamentos de proteção Individual), insegurança no Campus da UFPE, falta de pessoal. Reformas que tem início e estão sem conclusão há anos como exemplo as coberturas das quadras de esporte no Núcleo de Educação Física, Auditório do CAC, a Antena e restauração do Edifício do Núcleo de TV e Rádio. A Gestão de Anísio Brasileiro e de seu antecessor se mostraram incompetentes na agilidade das licitações e pregões, e totalmente escrava da vontade da AGU. Nos NIATES funcionam durante 15 horas, atendendo alunos e docentes das 07:00h às 22:00h. Hoje, no período de greve sendo utilizados bolsistas com jornada de trabalho dupla para furar o movimento paredista. Sendo um exemplo de setor que pode ter a implantação das 30 horas semanas, por turnos contínuos.
Em todos os campi, observa-se o crescimento de substituição de bolsistas como exploração mão-de-obra precária, sendo imediatamente necessária a ampliação do número de Servidores para atendimento à demanda crítica em setores como Assistência Estudantil, Secretarias e Laboratórios. O levantamento de dimensionamento de pessoal proposto na greve de 2012 continua inconcluso e seus parâmetros sem qualquer transparência.
A ausência de gestão democrática causa impactos negativos e amplia os problemas de precarização, também no campo de ensino de qualidade. No CAA o novo curso de medicina foi imposto verticalmente, mas para responder uma demanda política, sem total infra-estrutura para funcionar. No CAV o Curso de Educação Física não tem piscina para aulas práticas. São exemplos que denunciam a postura de imposição vertical na Gestão do Reitor Anísio Brasileiro. Exigimos  transparência e participação da categoria dos técnicos e dos discentes nas decisões de maiores impactos na UFPE. A forma como foi imposta a EBSERH e seu contrato de adesão sem qualquer aceitação da imensa maioria da comunidade denunciam as relações opressivas na UFPE.
Até a tão sonhada Estatuinte Democrática, paritária e participativa, por sua metodologia que retira a autonomia do processo final dos estatuintes, pelo Conselho Universitário atual, afastou toda a militância por falta de visualização de resultados práticos no campo da democracia. Principalmente, pela conjuntura da atual gestão na Reitoria, totalmente alinhado aos ditames do Governo do PT, sem compromissos reais com a autonomia universitária e implantação de projetos privatistas a exemplo da EBSERH no HC.
O processo de municipalização da Creche exclui os membros da comunidade universitária, é fundamental a instalação de Creche que contemple a demanda dos servidores, discentes e terceirizados nos campi da UFPE. Queremos uma Creche totalmente vinculada a UFPE, para os filhos dos discentes e servidores da Universidade, inclusive os terceirizados.
Trabalhar no HC virou uma aventura diária. As promessas de que a EBSERH seria a salvadora da lavoura e que sob sua gestão tudo ia melhorar rapidamente, o cotidiano demonstra o engodo do discurso do Reitor Anísio Brasileiro, que na realidade se manteve fraco diante da pressão do Governo Federal e covardemente vendeu a autonomia universitária, bandeira histórica do movimento. As condições de trabalho no HC/UFPE pioram, os riscos de acidentes são altos, são constantes quedas de placas de gesso, o Laboratório Central em total sucateamento com problemas que vão desde estrutura física (ambiente), eletricidade, expurgo, água e esgoto e equipamentos obsoletos e/ou quebrados. Esta situação gera risco constante de acidente no ambiente de trabalho. Para piorar, com a EBSERH os espaços democráticos e controle externo e interno não existem, o que dente uma ampliação ainda maior dos problemas locais.
A insegurança é um grave problema que aflige a comunidade universitária, há uma política sem transparência e que os diversos modelos impostos pelo Superintende demonstram incompetência pela falta de efetividade. A operação quadrante expõe os Seguranças a riscos constantes e recebemos denúncias que os coletes adquiridos pela UFPE foram repassados para os terceirizados.
Assim, na segunda-feira (05/05/2014) vamos, pela manhã, concluir o debate sobre a pauta interna. E convocamos todos os setores para estarem presentes no ATO na REITORIA da UFPE para entrega da pauta interna a ser realizado na manhã da Quarta-feira (07/05/2014). Vamos demonstrar a nossa unidade e vontade de mudanças das condições de trabalho e pela construção de relações democráticas. Para o ato contamos com a participação dos trabalhadores(as) de todos os Centros Acadêmicos e Núcleos. Lembramos a todos que nossa greve é total, sem que seja realizado rodízio nos locais de trabalho e de ocupação, sendo necessário a presença de todos nas atividades de greve.

Agenda da Greve de 05 a 09 de maio:

Dia 05/05  (segunda-feira)
08:00 – Concentração na  Central da Greve
09:00 – Debate de fechamento da Pauta Interna.
14:00 – Central da Greve – Sistematização final da Pauta Interna

Dia 06/05  (Terça-feira)
08:00 – Concentração na  Central da Greve
09:30 – visitas aos setores distribuição de documento divulgando
a pauta interna e convocação para o Ato na Reitoria
14:00 – Continuidade das atividades da manhã

Dia 07/05  (Quarta-feira)
08:00 – Ato na Reitoria -
Local: Reitroria

Dia 08/05  (Quinta-feira)
09:00 – Assembleia Geral de Greve
Pauta: 1) Informes, 2) Avaliação, 3) Eleição de Delegados para CNG, 4) Escolha de Comissão de 30 horas no HC, 5) Encaminhamentos.
Local:  Auditório Jorge Lobo (CCS)
14:00 – Livre

Dia 09/05  (Sexta-feira)
09:00 às 12:00 – Central da Greve – Discussão da Agenda da greve
13:00 – Atividade de Integração e Cultural na Sede do SINTUFEPE
            Confraternização da militância – Forró da greve.

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